Autores do latrocínio contra advogado são condenados
Mulher com quem Silvio Martins Bonilha Filho teve um relacionamento deve cumprir pena de 31 anos de prisão em regime fechado
Os responsáveis pelo latrocínio que tirou a vida do advogado Silvio Martins Bonilha Filho, de 63 anos, na cidade de Tietê (SP), foram condenados pela Justiça. O caso envolveu uma mulher de 31 anos, com quem o advogado manteve um relacionamento após se conhecerem em uma rede social. Ela deve cumprir pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão em regime fechado. Já o homem envolvido no roubo foi condenado a uma pena de 5 anos e 4 meses, a ser cumprida em regime semiaberto.
Um mês antes do crime, Silvio Martins Bonilha Filho procurou a polícia, alegando que a mulher era violenta. No entanto, não registrou um boletim de ocorrência na época.
Em 15 de março de 2023, três homens invadiram a casa do advogado e roubaram diversos objetos. Um dos suspeitos foi preso em 14 de maio, na cidade de Campinas. Ele negou sua participação na morte, admitindo apenas envolvimento no roubo.
A mulher confessou ser a autora do latrocínio, mas alegou que cometeu o crime após testemunhar a vítima assediando sua filha, o que teria ocorrido após do assalto à casa de seu companheiro. Segundo a investigação, a mulher contou à polícia que foi procurada pelos três indivíduos para que ela intermediasse uma consulta advocatícia. Durante essa consulta, teria ocorrido o roubo. “Esses indivíduos teriam roubado a vítima e ela teria chegado na casa depois. Nesse momento que ela estava na casa, a vítima teria tentado violentar as partes íntimas de sua filha e ela, reagindo a essa agressão, teria matado a vítima”, explicou o delegado Acácio Aparecido Leite durante coletiva de imprensa sobre o caso, realizada em 24 de maio.
As investigações mostram que o latrocínio ocorreu de maneira extremamente violenta. A vítima foi esfaqueada com canivete 11 vezes e deixada trancada dentro do banheiro de sua residência. Quando a equipe policial chegou ao local, encontrou, além do corpo, a casa totalmente bagunçada.
Na época, a polícia informou que a versão da mulher é mirabolante, pois com a sua condição física, visto que tem 1,50m, ela seria incapaz de fazer isso sozinha. “Qual que é o sentido de depois de roubado, a vítima fazer isso? Essa situação de consulta advocatícia, ao nosso ver, é fraudulenta, é falsa. Essa questão do filho também é uma versão muito mirabolante”.
Após a morte de Silvio Martins Bonilha Filho, a mulher utilizou os cartões da vítima para realizar compras em vários estabelecimentos no centro da cidade. Ela foi presa um dia depois do crime. "A condenação dos autores desse latrocínio apresenta um desfecho a esse triste episódio, trazendo um pouco de justiça para a família e amigos do advogado que perdeu a vida de forma tão trágica", informou em nota a Polícia Civil. (Da Redação)