Justiça suspende processo de cassação da prefeita de Votorantim
Fabíola Alves (PSDB) era investigada pela Comissão Processante da Câmara Municipal por suposto aumento ilegal de salário
Uma decisão liminar da Justiça suspendeu nesta terça-feira (10) o processo de cassação da prefeita de Votorantim, Fabíola Alves (PSDB), que estava previsto para ser votado na Câmara Municipal nesta quarta-feira (11). A prefeita era acusada de aumentar irregularmente o próprio salário e dos secretários municipais.
O juiz Fabiano Rodrigues Crepaldi, da 1ª Vara Cível do Fórum de Votorantim, entendeu que o processo administrativo violou o direito líquido e certo da prefeita, pois não foi concluído no prazo de 90 dias, conforme determina a lei. Segundo ele, a sessão de julgamento seria "nula de pleno direito".
A Comissão Processante (CP) que investigava a prefeita era formada pelos vereadores Luciano Silva (Podemos), como presidente; Zelão (PT), como relator; e Cirineu Barbosa (PMN), como membro. O relatório final da CP, apresentado em 19 de setembro, recomendava a cassação de Fabíola.
A sessão de julgamento chegou a ser marcada para o dia 28 de setembro, mas foi adiada por 15 dias, a pedido do líder de governo na Câmara, Robson Vasco (PSDB), e outros quatro vereadores da base aliada. O adiamento fez com que o processo ultrapassasse o prazo legal e abrisse brecha para a defesa da prefeita recorrer à Justiça.
O juiz ordenou a notificação dos vereadores Luciano Silva e Thiago Schiming (PSDB), presidente da Câmara Municipal, e a intimação da Fazenda Pública para se manifestarem sobre o caso, no prazo de 10 dias.
O que diz a Câmara
A Câmara de Votorantim informou que ainda não foi notificada oficialmente. Ainda destacou que, assim que citada, encaminhará o documento para o Departamento Jurídico analisar a possibilidade de recurso. (Wilma Antunes)