Febre Aftosa: campanha de vacinação termina na próxima quinta-feira
Expectativa é que sejam imunizados cerca de 5 milhões de animais no Estado de São Paulo
Termina na próxima quinta-feira (30) a campanha de vacinação contra a Febre Aftosa no Estado de São Paulo. Nesta etapa, devem ser vacinados bovinos e bubalinos com idade até 24 meses. A expectativa é que sejam imunizados cerca de 5 milhões de animais.
Conforme relatório emitido no sábado (24), pelo sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) da Defesa Agropecuária, mais de dois milhões e seiscentos mil animais já foram vacinados. O número exato segundo o relatório é de 2.665.768.
Ainda de acordo com o Gedave, 44.932 propriedades já atualizaram o rebanho e declararam a vacinação. O número representa 44,264% de todas as propriedades do Estado envolvidas nessa etapa.
Na análise das 40 regionais da Defesa Agropecuária, a que apresenta o maior número de animais imunizados é a Regional de Catanduva com 66,115% de bovídeos vacinados. Já em relação às propriedades, a Regional de General Salgado é a que apresenta a maior porcentagem de declarações, com 52,849%.
O produtor tem até 07 de dezembro para realizar a declaração da vacinação, preferencialmente por meio eletrônico, através do Gedave. Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração na internet clicando aqui, preencher e entrega-la pessoalmente na unidade da Defesa Agropecuária mais próxima.
Como vacinar
A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no Gedave.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina deve ser mantida refrigerada entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia, não podendo nunca ser congelada.
Para realizar a vacinação deve ser escolhido de preferência o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes. A recomendação é usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.
O criador que deixar de vacinar e de comunicar a vacinação estará sujeito a multas que variam de 03 a 05 UFESP’s por animal, sendo de 05 UFESP’s (171,30 reais) por cabeça que deixar de vacinar e 03 UFESP’s (102,78 reais) por cabeça que deixar de comunicar. O valor de cada UFESP – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de 34,26 reais para o ano de 2023.
Consulta
Além das declarações, o Gedave está disponível para que pecuaristas e produtores acessem informações em relação à compra do imunizante, como por exemplo, quantidade de estoque e estabelecimentos credenciados para o comércio.
Uma vez dentro do sistema Gedave, que pode ser acessado no site da Defesa Agropecuária no link https://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br/, a pessoa interessada em adquirir a vacina deve pesquisar por “estoque de insumos em comerciantes de produtos biológicos veterinários”.
Mais informações estão disponíveis no site www.defesa.agricultura.sp.gov.br/programas/aftosa.
www.defesa.agricultura.sp.gov.br/credenciados. A emissão do atestado de vacinação contra brucelose pelo médico-veterinário cadastrado não dispensa a obrigatoriedade da declaração da vacinação.
Para manter e preservar o rebanho, a Defesa Agropecuária tem foco na obrigatoriedade da vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas com a vacina B19 ou RB51; no abate sanitário ou eutanásia de animais positivados com a doença e na apresentação de atestado negativo durante o trânsito de animais destinados à reprodução ou ainda, para participação em feiras, exposições, leilões e provas esportivas como rodeios, bem como para certificação de propriedades livres e para realização de inquéritos epidemiológicos. (Com informações do Estado de São Paulo)