São Paulo reduz transmissão do HIV da mãe para o bebê

Por Cruzeiro do Sul

Taxa estimada caiu para menos de 2% no Estado, alcançando a meta prevista para 2023

No mês em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a taxa de transmissão vertical do HIV, que é a infecção passada da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação, caiu para menos de 2% no Estado de São Paulo.

Para o governo estadual, esse resultado é uma conquista do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS e do Programa Estadual de IST/Aids, que recebeu ontem (8) o selo de boas práticas e a certificação internacional para eliminação da transmissão do HIV e Sífilis, além de alcançar a categoria bronze para Sífilis Congênita.

“A transmissão vertical de infecções sexualmente transmissíveis representa um grande desafio para a saúde pública, especialmente quando não tratadas oportunamente durante a gestação. O Estado de São Paulo, por meio do Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids, tem demonstrado compromisso em alcançar padrões internacionais e eliminar essas ameaças à saúde,” afirma a coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde, Regiane Cardoso de Paula.

Meta alcançada

O selo, que premia a superação de metas internacionais, foi concedido pela Comissão Nacional de Validação (CNV) do Ministério da Saúde, após avaliação minuciosa, que começou em novembro, dos processos assistenciais, de vigilância, prevenção, diagnóstico, direitos humanos, igualdade de gênero e engajamento comunitário no Estado.

A terapia antirretroviral (Tarv) e outras medidas preventivas adotadas pelo Estado reduziram a taxa de transmissão vertical do HIV para menos de 2%. Sem a terapia, a transmissão atinge até 30% dos bebês de gestantes com a doença. A Sífilis Congênita, de forma semelhante, torna-se totalmente evitável com diagnóstico precoce e tratamento adequado durante o pré-natal, utilizando penicilina benzatina.

O processo de certificação contou com a colaboração de diversos parceiros da Secretaria da Saúde, incluindo o Instituto Adolfo Lutz, Área Técnica da Saúde da Mulher, da Criança, Núcleo Técnico de Humanização, Comitê Estadual de Vigilância à Morte Materna, Infantil e Fetal, Atenção Básica e Sociedade Civil.

Para manter a certificação, São Paulo passará por avaliações regulares a cada três anos. De acordo com Regiane, o trabalho conjunto dos técnicos do Programa Estadual de IST/Aids, da Secretaria da Saúde, das regionais, dos grupos de vigilância epidemiológica, das equipes de saúde dos 645 municípios e da sociedade civil foi essencial para alcançar esse objetivo em 2023. A intenção é que o governo do Estado garanta a continuidade da estratégia. (Da Redação)