Campings são opção para fugir da agitação das praias
Além da tranquilidade e contato com a natureza, eles também podem custar menos
Chega o verão, o período de férias, e muitas famílias se preparam para uma temporada no litoral. Há, no entanto, aquelas que preferem escapar das praias lotadas, congestionamento nas rodovias e preço alto de aluguel ou estadias em hoteis. É o caso da farmacêutica Lene Lopes, de 36 anos, que prefere “esquecer a correria da cidade grande”. Na região de Sorocaba, existem campings isolados que servem como um refúgio para aqueles que, assim como Lene, procuram lazer, descanso e paz.
Na quinta-feira (21), Lene estava hospedada com seu filho Enzo, de 11 anos, em um camping localizado em Itu. A 30 minutos de Sorocaba e com uma área de aproximadamente 200 mil metros quadrados, o espaço recebe cerca de 1,2 mil pessoas nesta época. O local oferece área para acampamento, chalés, piscinas e lagos para pescaria.
O comerciante Jonathan Renan Braga, de 25 anos -- no mesmo dia -- tinha levado sua esposa, Milena, de 27 anos, para conhecer o lugar. “É muito tranquilo aqui, bem sossegado. Eu venho todo ano acampar, aproveito a piscina e curto a natureza”, contou Renan.
Enzo, filho de Lene, aproveitou a estadia para “se desligar” dos jogos on-line. “Tomei meu café da manhã e agora já vou para piscina”, disse.
Uma diária em camping, que custa, em média, R$ 60 por pessoa, permite usufruir de todas as atrações. Já o peço da estadia em chalés é variável. No camping de Itu visitado pela reportagem a diária para duas pessoas sai por R$ 350, com café da manhã incluso.
Nesta época do ano, alguns campings oferecem pacotes que incluem ceia, programação especial, música ao vivo no reveillón e show de fogos.
“Viajar tá caro”
A pesquisa mais recente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) aponta que o preço para alugar uma casa ou apartamento no litoral paulista teve aumento de até 900%. O órgão consultou 14 imobiliárias em 12 cidades litorâneas e verificou que, em quase todas, os custos estão bem mais altos que os praticados no mesmo período de 2022.
É o caso das diárias de locações nas cidades Praia Grande e Mongaguá, no litoral sul. Em dezembro de 2022, era possível alugar casas de dois dormitórios por R$ 300,00 ao dia. Agora, a locação diária sai, em media, por R$ 3 mil. Apartamentos de um dormitório também apresentaram diárias bem caras: passaram de R$ 345,00 para R$ 1.950,00 -- aumento de 465,21%.
No entanto, há exceções. Em Santos, Guarujá e São Vicente -- chamado litoral centro -- foram encontrados valores de aluguel mais em conta. Casas de dois dormitórios tiveram reduções de 39,24% (caíram de R$ 1.325,00 para R$ 805,00) e as de quatro dormitórios mostraram queda de 27,27% (custavam R$ 1.650,00 e agora custam R$ 1.200,00). (Luís Pio/programa de estágio e Virgínia Kleinhappel Valio)