Rede estadual inicia ano letivo no dia 15 com muitas mudanças
Mais de dois milhões de estudantes da rede estadual retornam às aulas no dia 15 de fevereiro com uma nova matriz curricular. A grade foi modificada para beneficiar os alunos das três séries do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental.
Entre as mudanças adotadas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) está a ampliação do tempo destinado ao aprendizado de língua portuguesa em 60%, passando de 10 para 16 aulas. Matemática também recebeu uma ampliação de 70%, passando para 17 aulas no ensino médio. Por isso, duas disciplinas foram implementadas na grade: redação e leitura e educação financeira.
Atendendo a um pedido dos estudantes, a Seduc ampliou em 50% a quantidade de aulas das matérias de física, geografia e história. Os encontros da disciplina Projeto de vida, que orienta o aluno a definir interesses profissionais e pessoais, serão ampliados de quatro para seis aulas nesse ciclo de ensino.
Especificamente para os estudantes da terceira série do ensino médio, outra novidade são as aulas de aceleração para o vestibular, que visa preparar para as avaliações de seleção para o ensino superior, como explica a responsável pela Coordenadoria Pedagógica (Coped) da Seduc, Bianka de Andrade Silva: “Estamos começando mais um ano letivo, cheio de materiais didáticos para receber nossos alunos com mais português e matemática e também um grande foco na aprovação para o vestibular, para preparar os alunos para o Provão Paulista e demais vestibulares”.
Para o ano letivo de 2024, os estudantes do ensino médio serão ainda atendidos com a redução de 11 para três itinerários formativos: Exatas e Ciências da Natureza, o de Linguagens e Ciências Humanas e o Ensino Técnico. Os itinerários são baseados no Projeto de Vida dos estudantes, e contam com aulas que ampliam o acesso aos conteúdos das áreas escolhidas.
Nos anos finais do ensino fundamental, os alunos também terão mudanças na matriz curricular. Passam a integrar a grade de aulas as disciplinas de educação financeira e orientação de estudos, com foco em corrigir as defasagens educacionais desse grupo de alunos.
A Seduc publicou no ano passado as resoluções 52 e 53, que apresentam as mudanças nas matrizes curriculares, como resposta à demanda de professores e estudantes da rede estadual.