Possível compra de votos é denunciada
Caso envolve o vereador Cesar Silva, de Votorantim
A Câmara de Votorantim deve abrir Comissão de Ética para investigação de eventual conduta ilegal do vereador Cesar Silva (Cidadania) por compra de voto e autopromoção.
A denúncia foi apresentada ao Ministério Público pelo vereador Ita (Cidadania). No documento, constam dezenas de publicações em redes sociais, nas quais Cesar Silva faz entrega de cadeira de rodas, muletas e pacotes de ração a munícipes. Essas publicações, segundo a representação, se configuram como autopromoção e crime com objetivo de captar votos para as eleições deste ano. Após a denúncia, Cesar Silva apagou as publicações de sua rede social, mas as imagens foram preservadas e estão anexas na representação.
O MP-SP instaurou inquérito para investigar as práticas do vereador e alguns parlamentares já foram convocados a prestar depoimentos na Delegacia. A Câmara Municipal foi notificada e deve abrir uma Comissão de Ética para investigar o caso.
O presidente da Casa, Thiago Schiming (PSDB), disse que foi convocado para depor no inquérito de possível compra de votos e cobrado, enquanto presidente da Câmara, para que seja instituída essa Comissão de Ética.
O que diz Cesar e Ita
Em nota enviada ao Cruzeiro do Sul, Cesar Silva disse: “Até o presente momento, não recebi qualquer intimação para depor, então fico no aguardo, pois não tenho conhecimento das acusações e no momento certo serão esclarecidas. Volto a lamentar sobre a postura de vereadores que não se preocupam com os próprios trabalhos, e por ciumeira e desespero, atacam quem luta para fazer a diferença”.
Por meio de sua assessoria, o vereador Ita informou que a denúncia não foi feita somente por ele, mas por mais quatro vereadores: Luciano Silva (Podemos), Gaguinho (PTB), Mauro do Materiais (PTB) e Pastor Lilo (União Brasil). A denúncia ao MP foi feita em maio do ano passado. No mês de junho do ano passado, Ita foi chamado para prestar depoimento na Delegacia. “Antes de apresentar essa denúncia ao Ministério Público, os vereadores, primeiro, deram conhecimento ao presidente da Câmara sobre todos os fatos que envolvem a denúncia. Mas, como o presidente, na época, não acatou a denúncia, os cinco vereadores foram ao Ministério Público”.
A assessoria de Ita disse que não tem conhecimento se outros vereadores foram chamados.
Não tivemos mais notícias sobre o assunto. Não tenho o número do Ministério Público, não tenho a representação e nem a decisão emitida, porque não recebemos mais materiais referentes a essa denúncia”, concluiu. (Da Redação)