Dois homens são presos por caça ilegal na Floresta Nacional de Ipanema

Durantes as buscas foram apreendidas armas de fogo, além de celulares dos envolvidos, com objetivo de apurar se há mais gente envolvida no crime ambiental

Por Cruzeiro do Sul

Policiais da PF também foram até Boituva, onde os suspeitos moravam

Dois homens foram presos em flagrante na Floresta Nacional de Ipanema (Flona), em Iperó, nesta quinta-feira (21). Eles são suspeitos de posse irregular de arma de fogo. A informação é da Polícia Federal (PF).

Segundo a instituição federal, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1° Vara Federal de Sorocaba, visando a desarticulação um grupo de caçadores ilegais que tem atuado na Flona. Os criminosos utilizavam cães treinados para tal finalidade.

As buscas ocorreram em um lote do Assentamento Ipanema, que faz divisa com a Floresta e, também, em uma chácara de Boituva, onde os caçadores moravam.

Conforme a PF, a investigação começou em outubro de 2023, via comunicação do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) -- responsável pela Flona -- que reportou a constante atuação de caçadores no interior da unidade de conservação, com a utilização de cães de caça dotados de coleiras rastreadoras.

Durantes as buscas foram apreendidas quatro armas de fogo, além de celulares dos envolvidos, com objetivo de apurar se há mais gente envolvida com o crime ambiental.

O Poder Judiciário Federal também determinou que fossem cancelados os cadastros de dois dos investigados no Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização (SICAFI) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que permitiria que eles pudessem obter licença para caça de controle, bem como que os investigados sejam proibidos de se utilizar de cães com finalidade de caça.

A Lei de Crimes Ambientais prevê pena de seis meses a um ano e multa para quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. Além disso, a pena é aumentada pela metade se o delito é praticado em Unidade de Conservação. (Da Redação)