SP faz parceria para mapear rota indígena
O governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), assinou na sexta-feira (21) um protocolo de intenções com a Associação Dakila Pesquisas para o desenvolvimento do Caminho Peabiru, rota transcontinental indígena criada na América do Sul antes da colonização dos europeus.
A partir da assinatura, o Estado e a associação mapearão as informações culturais e científicas; a fim de criar oferta de rota turística, incluindo atrações históricas, de aventuras e turismo de contemplação. O projeto prevê também o incentivo à adoção de tecnologias e inovação para apoiar a sustentabilidade no turismo e a promoção de ações de sensibilização e divulgação da rota. Estima-se que a extensão do Peabiru em São Paulo seja de aproximadamente 5 mil quilômetros, contando-se com os ramais, passando por aproximadamente 25 cidades.
Sorocaba e outras cidades da região fazem parte do antigo caminho indígena, um conjunto de trilhas que ligavam o Oceano Atlântico ao Pacífico, passando por São Paulo, Paraná até o Peru. No Brasil, a antiga rota foi utilizada por diversas etnias indígenas, entre elas guaranis e kaingangs.
Estudos indicam que, no Estado, o caminho saía de São Vicente, no litoral paulista, cruzava a cidade de São Paulo, inclusive no centro histórico da capital, passava pelas regiões de Sorocaba, chegava na região da Cuesta de Botucatu pelo rio Tietê, cruzava a encosta da cuesta, passando por florestas e riachos, até as místicas três pedras e o gigante adormecido, e chegava no rio Paranapanema, seguia rumo ao Estado do Paraná, penetrava no Chaco paraguaio, atravessava a Bolívia, ultrapassava os Andes e alcançava o Peru e a costa do Pacífico. (Da Redação)