Projeto Cabine Lilás amplia rede de proteção à mulher no interior
Policiais passam por treinamento antes de serem direcionadas para as bases em cada macrorregião
O projeto Cabine Lilás, voltado para mulheres vítimas de violência doméstica, será ampliado em todo Estado, incluso na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O serviço treina policiais mulheres para atendimento de ocorrências e suporte a militares que estão em campo. Após o curso, duas agentes serão destinadas para cada macrorregião.
Para garantir um atendimento especializado e humanizado às vítimas de agressão no interior paulista, cerca de 30 policiais passam por um curso de capacitação no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) de São Paulo. Durante o treinamento, elas têm aulas de psicologia, direito, redes de apoio, medidas protetivas e funcionamento das Delegacias da Defesa da Mulher (DDM).
Além disso, é ensinado fatores comportamentais na hora de atender a ligação, como a melhor forma de conversar, se expressar e o tom de voz adequado. A cabo Raiane Cavalcante passou por essa etapa há seis meses.
“As aulas ajudam a te dar mais segurança ao passar as orientações”, afirmou. “Por outro lado, a cabine Lilás ajuda a vítima a ter mais conhecimento sobre o que fazer e os direitos dela em uma situação de violência, além de aumentar a confiança da vítima ao falar sobre o caso, já que ela fica mais à vontade quando vê que está falando com uma policial mulher, que é exclusivo dessa ação”, complementou a militar.
Ao final do curso, 20 policiais serão destinadas para os centros de operações da PM do interior, sendo duas para cada macrorregião: Sorocaba, São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, Bauru, São José do Rio Preto, Santos, Presidente Prudente, Piracicaba e Araçatuba. As demais se juntarão à equipe que já trabalha na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Ainda não há previsão de quando ocorrerá a distribuição.
“A Cabine Lilás foi um serviço tão fundamental à população que agora se estenderá para todos os 645 municípios do estado, aumentando ainda mais a rede de proteção das mulheres. Várias vidas já foram salvas pelo serviço até aqui”, observa o comandante do Copom de São Paulo, coronel Carlos Henrique Lucena. (Da Redação com informações da SSP)