Sorocaba é 51ª em índice que avalia riqueza, longevidade e escolaridade

Por Eric Mantuan

Índice Paulista de Responsabilidade Social coloca Sorocaba em grupo melhor qualificado entre as cidades. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (17/7/2018)

Índice Paulista de Responsabilidade Social coloca Sorocaba em grupo melhor qualificado entre as cidades. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (17/7/2018)

Sorocaba integra o grupo de municípios do Estado melhor qualificado pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A pesquisa apresenta os dados definitivos dos anos de 2014 e 2016 e os estimados para 2018. A divulgação, pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e Fundação Seade, deu-se na quinta-feira (12).

A cidade de Sorocaba aparece na 51ª posição entre os 645 municípios paulistas, com 45 pontos de riqueza municipal, 71 em longevidade e escolaridade 61. Na média histórica, a cidade perdeu 13 posições, caindo do 38º lugar em 2014 para o 48º em 2016, e agora para a colocação atual. Ainda assim, Sorocaba tem o quinto melhor desempenho na sua Região Administrativa.

O IPRS é baseado nos mesmos critérios de desenvolvimento considerados pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e reflete a situação dos municípios conforme o tripé riqueza, escolaridade e longevidade. As cidades com as melhores combinações dessas três dimensões são consideradas dinâmicas, com índice elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais.

No quesito econômico, a pesquisa aponta que o PIB per capita da cidade caiu de R$ 60.435,53, em 2014, para estimados R$ 51.773.94 em 2018, mas ainda é maior que a média estadual, de R$ 50.518,52.

Nas métricas que compõem o indicador de longevidade, Sorocaba teve, em 2018, uma taxa de mortalidade infantil menor que a do Estado: 10,55 por mil nascidos vivos ante 10,79. A taxa de mortalidade perinatal (feto ou recém-nascido) é de 13,24 contra 12,44 no Estado.

Entre 15 e 39 anos, a mortalidade é de 1,16, maior que os 1,15 registrados no Estado por mil habitantes; e entre 60 a 69 anos, de 16,53 por mil habitantes contra 15,38.

Escolaridade

Quanto à escolaridade, a cidade registrou melhoria nos índices entre 2014 e 2018. A taxa de atendimento de crianças de 0 a 3 anos saiu de 40,97 para 46,38 -- próximo da média estadual que é 47,19. As outras três métricas atingidas em 2018 são melhores que a média paulista.

O porcentual de alunos sorocabanos com proficiência em língua portuguesa e matemática no 5º ano do ensino fundamental é de 70,73%. No último ano do ciclo, o índice é de 31,74%. A taxa de distorção idade-série no ensino médio é de 7,98%.

Na Região Metropolitana

Em termos de Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), a pesquisa viu maiores problemas em Sarapuí, classificada como “vulnerável” no ranking referente à 2018. Ela apresenta menor índice de riqueza municipal, longevidade e escolaridade, em 563º lugar.

Além de Sorocaba, também são classificados pelo IPRS como municípios “dinâmicos”: Alumínio, Itu, Boituva, Salto, Porto Feliz e Tietê.

As cidades de Tatuí, Itapetininga, Salto de Pirapora, Iperó, Cesário Lange, Capela do Alto, Alambari, São Miguel Arcanjo e Tapiraí constam entre os municípios “em transição”, com baixos níveis de riqueza e indicadores sociais intermediários.

A pesquisa classificou Cerquilho, Jumirim, Araçoiaba da Serra e Piedade como municípios “equitativos”, que contrapõem os baixos níveis de riqueza aos bons índices de longevidade e escolaridade.

Já as cidades de Araçariguama, Ibiúna, São Roque, Votorantim e Mairinque aparecem como “desiguais”, pois têm níveis de riqueza elevados, mas seus indicadores sociais são insatisfatórios.

Dados são para apoiar gestão

De acordo com a Assembleia Legislativa e a Fundação Seade, a divulgação dos resultados estimados do IPRS para 2018 tem o objetivo de apoiar a gestão municipal de forma mais tempestiva ao final da primeira metade do mandato eletivo (2017-2020).

Comparando a situação dos municípios em 2014 e 2018, foram observadas a redução do número de municípios “vulneráveis”, que passaram de 77 para 61, e decréscimo da população neles residente, diminuindo de 5,5% (2,35 milhões de pessoas) para 4,6% (2,02 milhões de pessoas).

Também houve aumento do número de municípios “dinâmicos” (de 104 para 112), com ampliação da população de 32,1% (13,7 milhões) para 34% (15 milhões). Houve aumento dos municípios desiguais (71 para 75), mas a população envolvida diminuiu de 45,3% (19,33 milhões) para 43,6% (19,18 milhões).

O grupo dos municípios “equitativos” cresceu de 212 para 218, com acréscimo da população alcançada de 9,7% (4,14 milhões) para 9,8% (4,31 milhões); e relativa estabilidade dos municípios “em transição”: oscilou de 181 para 179 municípios, com aumento populacional de 7,4% (3,16 milhões) para 8,0% (3,52 milhões).

2016-2018

Na comparação do período 2016-2018, o Estado de São Paulo manteve estabilidade em 44 pontos no indicador de riqueza. Entre os municípios, 39,5% não sofreram variação; 3,9% registraram redução e cerca de 45% tiveram aumento.

Na dimensão longevidade, o Estado mostra tendência idêntica e marca de 72 pontos. Pouco mais de um terço (38%) dos municípios apresentou declínio desse indicador, aproximadamente 12% registraram estabilidade e 50% ampliaram seu valor.

Já no indicador de escolaridade houve aumento de dois pontos, elevando-se para 53. Cerca de 80% dos municípios alcançaram variações positivas, 5% apresentaram estabilidade e 15,3% reduziram este valor. (Eric Mantuan)