Sorocaba recebe 680 novos moradores todos os meses
Sorocaba tem pouco mais de 680 novos habitantes todos os meses. Ao longo do último ano, foram 8.192 novos moradores, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 679.378 habitantes, a cidade é a 31ª mais populosa do Brasil. A data de referência do IBGE é 1º de julho de 2019.
Quando olhado para a estimativa divulgada em 29 de agosto de 2018, o crescimento calculado da população de Sorocaba no período foi de 1,2%. Na ocasião, a cidade tinha 671.186 habitantes. Com os 8.192 novos habitantes, eram 673 novos moradores por mês, ou 22 novos por dia.
Com relação a 2017, comparando com 2018, o crescimento foi maior. Em agosto de 2017, a cidade possuía 659.871, ainda segundo estimativa do IBGE. Aumentando em 2018 em 11.315 novos habitantes, ou seja, 1,7% de aumento de um ano para o outro.
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Já com relação ao Censo de 2010, o último disponível, a cidade possuía 586.625. A estimativa mostra que desde então, o crescimento populacional de Sorocaba foi de 15,8%. Vale lembrar que os dados divulgados ontem são estimativas, já que um novo Censo, com números reais, deve ocorrer em 2020.
Sem contar a Capital, atrás de Guarulhos, Campinas, São Bernardo dos Campos, São José dos Campos, Santo André, Ribeirão Preto e Osasco, Sorocaba é a nona cidade mais populosa do estado de São Paulo.
Análise
Paulo Celso da Silva, doutor em geografia humana, diz que a situação pode ser pensada como solução e como problema. “O crescimento é um desafio, mas uma possibilidade de melhora. Imagine toda essa gente se dedicando para o bem comum”, explana. Silva diz que a necessidade essencial é resolver os problemas locais. “Ao mesmo tempo que é um desafio, também é uma necessidade que está aberta”, comenta.
O especialista também acredita que o crescimento populacional da cidade tende a se estabilizar. A crise financeira e custo para se manter uma família serão alguns dos motivos. “Não creio que vá diminuir drasticamente”, pondera. Ele lembra que os investimentos deverão acompanhar esses índices de crescimento populacional. “Estabilizando a população, ajuda no planejamento da cidade”, acrescenta.
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O professor e economista Geraldo de Almeida também concorda com o ponto de vista sobre ter os dois lados da situação. “Existe um mercado consumidor extremamente interessante. E quando você olha esse mercado, percebe que isso atrai muitas empresas”, lembra. “Por isso há novos supermercados, shoppings. É um grande mercado consumidor”, lembra. “Quando você olha para outras cidade, Sorocaba tem uma qualidade melhor e aí começa o problema, em especial como manter essa qualidade de vida”, expõe.
Almeida ainda lembra que é preciso também olhar para a questão do envelhecimento. “No futuro, haverá a necessidade de investimento no mercado da terceira idade, a economia prateada”, diz. Geraldo de Almeida lembra ainda que a cidade deverá estar preparada para as novas tecnologias e assim não perder o papel de vanguarda na região. Conforme ele, Sorocaba precisa estar preparada para as novas tecnologias, citando como exemplo as novas matrizes energéticas. “Sorocaba tem tudo para continuar bem. A cidade tem 50 mil universitários. A mão de obra é fundamental nessa fase e não podemos desperdiçar isso”, acrescenta.
Outros números
O IBGE divulgou também que estima-se que o Brasil tenha 210,1 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,79% ao ano.
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do País, com 12,25 milhões de habitantes. Ele é seguido pelo Rio de Janeiro (6,72 milhões de habitantes), Brasília (3 milhões) e Salvador (2,9 milhões). Juntos, os 17 municípios brasileiros com população superior a um milhão de pessoas somam 46,1 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil.
Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro com a menor população, 781 habitantes. Na sequência aparece Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.
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No ranking dos Estados, os três mais populosos estão na região Sudeste. Enquanto os cinco menos populosos estão na região Norte. O maior deles é São Paulo, com 45,9 milhões de habitantes, concentrando 21,9% da população do País. Roraima é o Estado menos populoso, com 605,8 mil habitantes (0,3% da população total). (Marcel Scinocca)