Sorocaba tem 350 casos de dengue em 2019 e passa por momento epidêmico
Com 350 casos confirmados de dengue, Sorocaba está em um momento epidêmico. No entanto, de acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, Priscila Helena dos Santos, a situação ainda é muito diferente da epidemia enfrentada pelo município em 2015, quando mais de 50 mil casos foram registrados na cidade.
A introdução de um novo sorotipo de dengue, DENV2, seria um dos motivos para o aumento da circulação do vírus na cidade. Conforme explica a coordenadora, existem quatro sorotipos, mas o DENV2 não era comum no município. Portanto, a população ainda não era imune a ele.
Por meio de um exame de isolamento viral, a Vigilância detectou que, de 20 amostras, 18 casos foram confirmados como DENV2. Nenhum óbito foi registrado por dengue em Sorocaba em 2019.
A maior parte dos casos seria na zona norte de Sorocaba, em especial nas áreas de cobertura da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Nova Sorocaba. Também estão em atenção as áreas das UBSs Maria Eugênia e Éden, que apresentara aumento do número de casos na última semana.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a expectativa é de que o número de novos casos diminua nos próximos dias, com a aproximação do período mais frio, que é menos propenso à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Dos 350 casos confirmados, 310 são autóctones, 37 importados e 3 com local provável de infecção indeterminado.
A titular da Secretaria de Saúde de Sorocaba, Marina Elaine Pereira, faz um apelo para que as famílias vistoriem suas casas em busca de criadouros do mosquito transmissor semanalmente. Para a secretária , além das ações municipais, é necessário o auxílio da população o ano todo, não somente na época das campanhas. “Temos que falar rotineiramente [sobre a dengue], para que todos juntos possamos vencer essa batalha contra o mosquito”, diz.
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Segundo a secretária, desde outubro, a Prefeitura de Sorocaba tem reforçado as ações de combate ao mosquito e conscientização, quando foi detectado a possibilidade de que o município enfrentasse uma nova epidemia caso continuasse a tendência de novos casos. Ela avalia no entanto, que a expectativa era de uma situação ainda pior neste momento, mas a que tendência já é de queda nos casos. (Priscila Fernandes)