Trabalhadores do BRT fazem greve por falta de pagamento em Sorocaba
Trabalhadores da Artec, empresa terceirizada contratada pelo Consórcio BRT Sorocaba para realizar as obras de implantação do ônibus rápido na cidade, fizeram greve nesta sexta-feira (6). Segundo um dos funcionários da empresa, que teve a identidade preservada, eles estão sem receber pagamentos.
O trabalhador explica que a primeira parcela do 13º salário, com pagamento previsto para 30 de novembro, não foi creditada na conta dos cerca de 40 funcionários que trabalham no BRT. Eles teriam cobrado a empresa, que informou que a situação seria regularizada nesta sexta-feira, pela manhã, juntamente com o depósito do salário.
Entretanto, ele afirma que a parcela do 13º, bem como o salário referente ao mês de novembro, não caíram na conta dos trabalhadores até o final da tarde. "Se depositarem o dinheiro no sábado (7) a gente volta a trabalhar na segunda-feira (9)", contou.
De acordo com o contratado, essa é a terceira greve feita pelos funcionários que trabalham nas obras do BRT, todas por atraso nos pagamentos. "Todo mundo tem conta para pagar. A gente pensa que vai dar certo, mas não dá."
O homem declarou ainda que a empresa terceirizada teria demitido funcionários, mesmo sem o acerto dos salários, e que alguns já estariam cumprindo aviso prévio. O jornal Cruzeiro do Sul solicitou uma nota à empresa BRT Sorocaba.
A Concessionária BRT Sorocaba informou que está em dia com as suas obrigações e que preferiu fazer a troca da empresa que realiza as obras de pavimentação na avenida Itavuvu.
"É importante esclarecer que essa medida demonstra que a administração privada é mais ágil para corrigir problemas e contratar empresas do que a gestão pública. Os serviços seguem normalmente e outra empresa já está trabalhando próximo ao Vitória Régia."
A Prefeitura de Sorocaba também foi questionada e informou que foi surpreendida pela paralisação das atividades pelos funcionários. Ao buscar esclarecimentos sobre a situação, a Prefeitura foi informada que a paralisação não afetou o andamento das obras de implantação do BRT.
A municipalidade apurou também que o Consórcio BRT não tem pendências financeiras com a prestadora de serviços, cuja saída está sendo negociada. O jornal Cruzeiro do Sul também questionou a empresa Artec, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem. (Da Redação)