UBSs abrem neste sábado para Dia D contra o sarampo
Sorocaba realiza neste sábado (15), em 17 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o “Dia D” de vacinação contra o sarampo, das 8h às 17h. Em 2020 já foram confirmados três casos da doença na cidade. Em 2019 foram registrados 76 casos de sarampo em Sorocaba, e no total 65.119 pessoas receberam as doses da vacina contra a doença.
Segundo a Secretaria da Saúde (SES), as UBSs que estarão participando da campanha são: Márcia Mendes; Wanel Ville; São Guilherme; Carandá; Rodrigo; São Bento; Vitoria Régia; Laranjeiras; Fiori; Maria do Carmo; Angélica; Éden; Barcelona; Brigadeiro Tobias; Cerrado; Aparecidinha e Cajuru.
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual informa que em 2020, até o momento, foram confirmados 176 casos de sarampo no Estado, sem óbitos. Em 2019, 17.428 casos foram confirmados e 14 mortes decorrentes de complicações pelo sarampo. Ontem, foi registrada a morte de uma criança de 8 meses no Estado do Rio de Janeiro, foi o primeiro óbito causado pelo sarampo no Estado fluminense em 20 anos.
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A campanha, que ocorre em todo o Estado de São Paulo, tem como prioridade vacinar crianças com idade a partir de 5 anos a adolescentes de até 19 anos (dezenove anos, 11 meses e 29 dias). Porém, toda a população a partir de 6 meses, até os nascidos a partir de 1960, devem procurar as UBSs para atualização da situação vacinal.
A vacina tríplice viral (SCR) aplicada na campanha protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Quem já tem registradas em carteirinha as duas doses da vacina não precisarão se vacinar.
De acordo com a SES, pais e responsáveis são importantes no processo de controle dessas doenças e devem comparecer aos serviços de vacinação com suas crianças e adolescentes, levando a caderneta de vacinação para avaliação e registro.
Para consultar o endereço e o horário de funcionamento dessas unidades, basta acessar o link de serviços da prefeitura. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice (SCR) aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela.
Para os bebês com 6 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário.
A pasta estadual informa ainda que a vacina (SCR) é contraindicada para bebês com menos de 6 meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização adequada, ventilação adequada de ambientes, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença.
Os sintomas de sarampo são: manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal. Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações necessárias.
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A Secretaria também orientou que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente.
Também há contraindicação para pessoas imunodeprimidas e gestantes. Pessoas nascidas antes de 1960, na sua maioria, já tiveram a doença na infância e possuem imunidade (proteção) por toda a vida, não necessitando ser vacinadas, conforme diretriz do Ministério da Saúde.
Campanha também vacina contra a febre amarela
Durante o período da campanha também será disponibilizada a vacina contra a febre amarela para toda a população a partir de 9 meses de idade, para atualização da situação vacinal (levando em consideração as contraindicações).
Em crianças maiores de 2 anos de idade, se houver necessidade, a dose pode ser aplica simultaneamente com a tríplice viral. Em crianças com idade inferior, será priorizada a vacina contra o sarampo e agendada a aplicação da vacina contra febre amarela para quatro semanas depois.
A vacina contra febre amarela leva dez dias para garantir proteção efetiva, e é fundamental para pessoas que vão circular em áreas verdes no Carnaval, por exemplo.
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Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina contra febre amarela os portadores de HIV, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados.
Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando, crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo lúpus e artrite reumatoide) e alérgicos a ovo.
Em 2020, não houve casos da doença, até o momento no Estado. Em 2019, foram 67 casos de febre amarela silvestre, com 13 óbitos. Vale ressaltar que o tipo de vírus da febre amarela que circula atualmente em São Paulo é silvestre, transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Não há relação com o Aedes aegypti. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. (Ana Cláudia Martins)