Nasa em Sorocaba! É uma invasão espacial?
Dia da Ciência da Facens coloca as novidades da ciência e engenharia ao alcance das crianças
O espaço é tão grande que sempre tem um algo maior para descobrir e se encantar. Uma das referências nesse assunto é a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, que é conhecida mundialmente como Nasa. E ela esteve presente em um evento em Sorocaba para demonstrar várias novidades e levar os estudantes de várias idades a fazerem uma imersão no assunto. Apreciadores de inovações tecnológicas e nas áreas de ciência e engenharia também tiveram seu lugarzinho reservado.
Mais de mil pessoas -- alunos, amigos, professores e familiares -- compareceram ao Science Days (Dia da Ciência), promovido pelo Centro Universitário Facens no último dia 14. Uma delas é a Maria Vitória Leme Silva, de 10 anos, que tem o hábito de visitar o espaço e aproveitar para aprender mais. Essa é a sua terceira participação e durante a oficina de montagem de carros de madeira contou pra gente que vê seu futuro na área de engenharia. “Gosto de vir porque é tudo muito legal é quando crescer quero construir casa com tecnologia”.
Para o pai dela, Cleverson Leme Silva, levar a filha para esse tipo de evento é uma maneira de ajudá-la a escolher o que quer para o futuro. “Eu a incentivo porque estudei aqui e porque acredito que tais feiras abrem o campo de pensamento e aprendizado da criança. E também é muito importante aprender sobre tecnologia e ciência”, ponderou o empresário do ramo de TI.
Durante todo o dia, os participantes da feira puderam desfrutar de várias atividades, como usar óculos de realidade virtual e se sentir no espaço sideral, observar células no microscópio, entre outros. O Pablo Barreto Boff, de 11 anos, pegou a estrada com a mãe Priscila e veio de Itu para vivenciar as experiências. Essa é a primeira vez dele no evento, mas no ano passado ele também marcou presença no maior festival de tecnologia do País, a Campus Party, que aconteceu em novembro, no Anhembi, em São Paulo. Ele adorou tudo que estava vendo e, enquanto conversava com a nossa equipe, demonstrava bastante entusiasmo. “Gostei muito de ver as coisas no microscópio, o protótipo de um voo, usar os óculos de realidade virtual. Acho tão incrível o mundo da tecnologia, ciência e matemática que até penso em seguir carreira em engenharia de computação”, disse.
Voltando ao “assunto Nasa”, muitas crianças aproveitaram para enviar um desenho à agência americana. Esse foi o caso do Isaac Nogueira Amoroso, de oito anos. O pequeno desenhou uma nave espacial, um foguete e o espaço sideral da maneira que ele imagina e aprendeu. “Sonho em ser cientista porque acho legal o que vejo na escola, nos livros, nos filmes. Também tem um canal no YouTube que me incentiva a gostar mais do assunto, porque mostra experimentos bem legais, como o fogo invisível”, disse.
Sua mãe, Helena Nogueira, contou que é a primeira vez que leva o filho ao evento e acredita que isso é muito bom. “Percebi o gosto dele por isso e como ele é curioso, trazê-lo ajuda a decidir o futuro dele”, afirmou a gerente comercial.
Construindo e lançando um foguete
Uma das oficinas temáticas que ampliou a experiência das crianças foi a de foguetes. Leandro da Silva Nogueira Junior, um apaixonado por ciência e tecnologia, participou dela pelo segundo ano. “É um aprendizado muito importante, porque estudamos em escola pública e muitas vezes não tem o apoio e incentivo adequado, principalmente para além das olimpíadas, então temos que dar valor a essa oportunidade que estamos tendo hoje e também por contar com professoras que apoiam tanto”, disse o jovem de 13 anos.
A fala de Junior enfatiza a importância que a escola tem eu seu desenvolvimento em astronomia. Ele é vice-presidente do clube de astronomia de uma unidade de ensino aqui de Sorocaba. Ainda neste ano, participará do programa da Nasa de “caça-asteroide” e já teve o prazer de ser finalista da Olimpíada Brasileira de Astonomia (OBA).
Depois de fabricarem o foguete à base de papel cartão, papel-alumínio e fita adesiva, seguindo o modelo da fase 2 do projeto Móbile da OBA, chegou a hora de dispará-los. Os alunos foram para o campo de futebol e lançaram os foguetes com alegria. “A sensação foi ótima”, apontou Leandro. (Thaís Marcolino)