Um livro todo cheio de penas

Artigo escrito por Vanessa Marconato Negrão

Por Cruzeiro do Sul

Ao contrário da maioria das editoras que faz uma classificação etária para os livros, esta difere os títulos ilustrados em: leitores em descoberta e leitores iniciantes. Gostei muito dessa distinção, já que há tantos jeitos de explorar um livro. E ela se encaixa perfeitamente quando falamos especificamente de “Era uma vez uma ave” publicado pela Boitatá.

O leitor em descoberta, além do reconhecimento da escrita e a decodificação do texto, irá divertir-se ao descobrir entre rimas e neologismos (palavras inventadas) numa sequência de acontecimentos. Qual ave vai embora a cada virar de página? As ilustrações se movimentam e instigam essa investigação.

“Era uma vez uma ave”, de Gastón Hauviller e Dipacho, vai além da narrativa linear e convida leitores atentos, curiosos e imaginativos a um jogo de palavras e cores.

Um poema engenhoso, que me fez quebrar a cabeça e certamente irá divertir quem topar o desafio.

As ilustrações de Dipacho foram selecionadas pela Feira do Livro de Bolonha e estiveram na exposição do evento em 2023.

Vanessa Marconato Negrão é professora e apaixonada pela literatura infantil