Futebol e brincadeiras, um programa inesquecível

Em exposição gratuita, museu temático reúne brinquedos e itens sobre o esporte que é a paixão nacional

Por Thaís Marcolino

Exposição, que leva adultos e crianças ao Museu do Futebol, fica em cartaz até abril.

Em terras de Fifa Soccer, os jogos analógicos de futebol não são tão conhecidos pela geração atual. Mas tem uma exposição em São Paulo com o objetivo de mudar isso. Nela, além das crianças conhecerem alguns brinquedos clássicos que contam a trajetória de um dos esportes mais amados no Brasil, os adultos têm a oportunidade de recriar memórias. Estamos falando da mostra “Futebol de Brinquedo”, que acontece no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu. Ela fica aberta até o mês de abril. A entrada é gratuita.

Entre os brinquedos analógicos encontrados estão Aquaplay, Pregobol, Super Trunfo, além de bonecos e bonecas, mascotes das Copas do Mundo FIFA e, é claro, muitos times de futebol de botão.

Logo ao entrar, um dos brinquedos que o público vê é, justamente o futebol de botão. Na exposição são mais de 100 exemplares dos mais diversos times de futebol do Brasil e do mundo. O corintiano Lucca Udovic Gomes, de sete anos, ficou encantado nessa parte. “Já andei por alguns e estou achando muito legal, mas aqui (futebol de botão) é o melhor. Eu amo futebol de verdade”, contou o garoto que mora na capital paulista. Apesar de torcer para o time de Itaquera, ele resolveu ir ao Pacaembu com uma camisa do Fluminense. “O futebol é tão legal, a gente pode torcer para vários times também, né. E eu gosto do Flu no Rio e, em São Paulo, do coringão”, complementou o pequeno.

Mas Lucca não estava sozinho. Ele visitou a exposição ao lado do amigo João Lucas Lima, também de sete anos. “É a primeira vez que venho aqui no museu e estou adorando. É muito emocionante”, contou ele, que também é corintiano. O morador de Mauá -- no ABC Paulista -- resolveu vestir a camisa do Paris Saint-Germain (PSG). Entre os atletas que ele admira do time, mesmo que alguns tenham saído do clube francês, são Kylian Mbappé, Lionel Messi e Neymar Junior.

Ao lado de cada brinquedo há explicações e curiosidades para os visitantes. Porém, as crianças acompanhadas por adultos também apaixonados pelo futebol, acaba ouvindo frases do tipo: “Quando eu era jovem jogava isso”, “esse jogo era assim”. Tem criação de memória mais gostosa? Achamos que não, hein?!

Paixão que une rivais

O William é padrinho do Murilo da Silva Rodrigues, de 10 anos. Apesar de serem de times rivais -- Corinthians e Palmeiras, respectivamente --, eles compartilham o amor pelo esporte. Sempre “trocam figurinhas”. O jogo de cartas, o Escrete, foi o que ele mais gostou, inclusive.

Nele, cada jogador representa o papel, primeiro, de um cartola buscando organizar um time; depois, de um técnico procurando montar o melhor esquema tático e, por último, dos próprios craques, tentando construir jogadas que estremeçam a galera. Ganha o jogo aquele que vencer o campeonato. “Não conhecia e achei muito interessante. Foi uma surpresa vir pra cá, fiquei sabendo em cima da hora e amei. Meu padrinho é um máximo”, disse o morador da Capital.

Mas além dos jogos, há espaços em que o visitante pode “brincar” de verdade. O cubo é um deles e a dupla não pensou duas vezes em posar para a reportagem do Cruzeirinho colocando os objetivos nas cores mais próximas possíveis do time do coração.

Brinquedos de todas as épocas

Alguns dos brinquedos da mostra são raros e há itens com mais de 60 anos. Há também muitos itens inusitados, como figuras da Betty Boop, Smurfete, Mickey Mouse, Snoopy e Fofolete vestidos com a camisa da Seleção Brasileira. Brinquedos mais atuais também estão na exposição, como vários minicraques - incluindo a recém-lançada jogadora Debinha - e os bonecos Funko. O público também vai poder ver uma mini-Barbie jogadora de futebol e uma Barbie treinadora, além de uma coleção de mascotes das Copas em pelúcia, desde o cachorrinho Striker (Copa masculina de 1994, nos Estados Unidos) à mais nova da turma, Tazuni (Copa de mulheres de 2023, na Austrália e Nova Zelândia).

Os clássicos álbuns de figurinhas da época dos jogos da Copa também estão presentes. A seleção feminina do Brasil tem uma representante da região, a zagueira Lauren, que nasceu em Votorantim. Que máximo, hein!

A lista inclui também publicações infantis icônicas, como o Manual do Zé Carioca, lançado pela Editora Abril para a Copa do Mundo masculina de 1974. Tem também o álbum de figurinhas da Copa de 1970 (masculina, no México), e a Revista Pelezinho Edição Especial: 50 anos de Pelé, publicada em 1990. O maior jogador de todos os tempos também é representado em itens raros, com um boneco de 1958 e uma miniatura de 1980.

“A exposição resgata esse brincar, fazendo uma tabelinha entre a memória afetiva dos mais velhos e a apresentação de jogos desconhecidos para os mais novos. Uma prova que, além de ser um dos esportes mais democráticos que existem, o futebol une gerações”, explicou o curador Marcelo Duarte. (Thaís Marcolino)

Serviço

Até abril de 2024
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até 17h)
Ingressos: Grátis todos os dias.
Retirada de ingressos apenas na bilheteria.
Endereço: Praça Charles Miller, no bairro Pacaembu, em São Paulo