Homônimos perfeitos e riso frouxo
Por Vanessa Marconato Negrão
É muito divertido pensar e construir frases com palavras homônimas, quer ver? “Basta eu ser muito leve para que o vento me leve.” “Morro de canseira ao subir aquele morro.” “Enquanto eu rio, o rio passa.” “Há um lugar no vale em que vale a pena morar.”
Eu poderia passar o dia pensando em diversas outras possibilidades de construir frases com homônimos perfeitos, ou seja, palavras que têm grafia e som iguais, mas significados diferentes. A língua portuguesa, com sua engenhosidade criativa nos proporciona essas distrações e esse tipo de brincadeira e sempre um sucesso entre as crianças! Por isso mesmo houve um festival de sonoras gargalhadas quando eu li em voz alta “Uma Coisa ou Outra” para as minhas crianças. A certa altura, usei o texto em forma de adivinha e li só metade da frase para que os pequenos completassem “ Quem tem asa e não voa é ...” “O Batman!” “A galinha!” “O passarinho de asa quebrada!” E outras respostas interessantíssimas.
“O único golpe que não dói é o golpe de sorte”, diz a primeira frase do livro, acompanhada, na página oposta, por figuras coloridas e soltas. “A única salsa que não se dança é a que dá na horta”, e assim as frases e as imagens se entrelaçam, criando um universo imaginativo único.
“Que aproveitem este livro todas as pessoas que duvidam do sentido único dos caminhos, das palavras e das imagens”, dizem as autoras.
Uma publicação genial da Editora Boitatá.
Vanessa Marconato Negrão, professora e sócia efetiva titular da Academia Sorocabana de Letras