Araras-azuis-de-lear são devolvidas à natureza
Você conhece as araras-azuis-de-lear? É uma espécie brasileira ameaçada de extinção. No começo do mês, nove delas foram devolvidas à natureza. E o mais legal é que a reabilitação dessas aves aconteceu no Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (CECFau), em Araçoiaba da Serra e também no Zoológico de São Paulo. As araras foram soltas na Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) Boqueirão da Onça, na Bahia.
A arara-azul-de-lear mede cerca de 75 centímetros, pesa 950 gramas e pode viver, em média, 50 anos na natureza. A plumagem é na cor esverdeada na cabeça e pescoço, desbotada na barriga, e cobalto na parte superior das asas e cauda. Possui ainda manchas amarelas características que ficam próximas ao bico. O perigo de extinção existe por conta do tráfico de animais silvestres e a destruição do habitat são os principais fatores de ameaça desta espécie, considerada em perigo de extinção.
A Bahia foi escolhida para receber o grupo pois é de lá que elas se originam e vivem em bando ou grupos na região da caatinga, no nordeste do Estado da Bahia. As araras utilizam os paredões rochosos de arenito-calcário, que são cheios de fendas, como ninhos e também como dormitório.
São consideradas algumas das aves mais inteligentes, e possuem certa fidelidade aos locais de alimentação e reprodução, sendo difícil encontrá-las sozinhas em vida livre. É um pouco menor do que a arara-azul-grande e possui uma cauda longa e bico poderoso. A ave se alimenta de coquinhos da palmeira Licuri (Syagrus coronata), embora também busque outros itens alimentares, como baraúnas, pinhões, umbus, mucunãs e até milhos-verdes. (Da Redação)