Mantendo a tradição de Corpus Christi
Palha, serragem, pó, cal, tampinhas de garrafas, casca de ovo, fubá, arroz, pó de café, sementes, sal grosso colorido, entre outros. O que esses materiais têm em comum? Eles são usados na confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi. A celebração católica acontece anualmente; neste ano, foi no último dia 30 de maio. A celebração contou com a ajuda de toda comunidade, incluindo a criançada, que não pensou duas vezes antes de arregaçar as mangas ao lado dos adultos.
A equipe do Cruzeirinho percorreu diversas paróquias e viu famílias inteiras no “trabalho” que celebra uma passagem da vida de Cristo. Na do bairro Santa Rosália, encontramos os irmãos Rafael e Gustavo Antunes Horta. Os dois, acompanhados dos papais Paula e Celso, já têm como tradição participar nas ações da data.
“É a terceira vez que eu venho e acho muito legal. Estava superansioso para vir. A gente fez o fogo e usamos o sal grosso colorido e a serragem também”, disse o pequeno Rafael, de oito anos.
Seu irmão Gustavo, de 11 anos, participa pela quarta vez e sente uma alegria muito grande em fazer parte de tudo isso. “É algo único porque fala de Deus e da presença Dele. Eu tenho muita fé e quando crescer quero continuar fazendo isso. Vir com meus pais é muito mais legal também”, comentou.
Esse falar de Deus é exatamente o que representa a data. Nessa festa se comemora a presença de Jesus Cristo na eucaristia. Em cada Santa Missa, os sinais do pão e do vinho se tornam misteriosamente o corpo e o sangue de Cristo.
O dia de Corpus Christi é celebrado na quinta-feira depois da festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Uma das tradições é, depois da missa, a procissão passar sobre o tapete produzido anteriormente pelos fiéis.
A família do Matheus e da Amanda Ribeiro de Almeida participou de todas essas etapas, também na paróquia Santa Rosália, e conversaram com o Cruzeiro sobre a experiência junto ao papai, mamãe e avó.
“Chegamos 8h e demorou mais ou menos 3h para terminar todo o tapete. Foi um trabalhão, mas muito legal”, opinou Matheus, de nove anos. “Adorei participar mais uma vez porque sei que é importante demais”, complementou.
A Amanda compartilha do mesmo sentimento do irmão. “É muita alegria, quero fazer mais e mais, sempre”, disse a pequena de sete anos.
Sobre estar com a família, Matheus acha que isso é o mais fantástico. “Amo estar com eles, vir na missa e procissão com a família é muito mais legal. Deus gosta muito disso e eu também”, finalizou.