Nossa maior riqueza
A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade e um dos mais ameaçados do mundo. O bioma foi amplamente devastado desde a chegada dos colonizadores europeus, e atualmente restam apenas cerca de 12,4% de sua cobertura original, um remanescente de floresta que está fragmentado em pequenas partes, muitas menores do que 50 hectares. E é justamente essa dispersão que vem dificultando a preservação da sua biodiversidade.
Mesmo com sua redução drástica, a Mata Atlântica ainda é abrigo para uma grande diversidade de espécies: saíras, jacutingas, muriquis, jaguatiricas, lobos-guarás. E são esses animais fantásticos a inspiração para os poemas de Lalau e Laurabeatriz, que em mais uma obra - evidenciam a beleza natural da floresta.
“Brasileirinhos da Mata Atlântica - Poesia para os Bichos de uma Linda Floresta” faz uma homenagem aos bichos nativos. O esquilo Caxinguelê (que alguns conhecem como Serelepe) ganhou versos divertidos: “Subiu na árvore, encontrou um passarinho, parou no galho, fofocou um pouquinho, pegou a folha, balançou o rabinho, posou para foto, desviou de espinho, abraçou uma flor, coçou o focinho...” Com o poema também há informações preciosas como o nome científico, características e hábitos do animal.
Nas últimas páginas, encontramos a localização das unidades de conservação onde estão esses fragmentos de floresta, incluindo parques nacionais e organizações não governamentais destinadas a proteger o que resta da Mata Atlântica.
Lalau e Laurabeatriz já completaram 30 anos fazendo literatura sobre as riquezas naturais de nosso País, cada livro é um relicário caríssimo para ser eternizado.
Vanessa Marconato Negrão, professora e sócia efetiva titular da Academia Sorocabana de Letras