Papa pede proibição da barriga de aluguel
O papa Francisco pediu na segunda-feira, 8, à comunidade internacional que proíba a barriga de aluguel, denunciando uma ‘comercialização‘ do corpo humano.
‘O caminho para a paz exige o respeito pela vida, por toda a vida humana, começando pela da criança não nascida no ventre materno, que não pode ser suprimida, nem transformada em um produto comercial‘, declarou o pontífice durante sua audiência com os membros do corpo diplomático da Santa Sé pelo início do ano.
‘Nesse sentido, considero deplorável a prática da chamada maternidade de aluguel, que ofende gravemente a dignidade das mulheres e da criança; e se baseia na exploração da situação de necessidade material da mãe‘, acrescentou.
‘Por esta razão, faço um apelo à comunidade internacional para que se comprometa a proibir universalmente esta prática‘, insistiu.
A Igreja Católica se opõe a esta técnica de procriação medicamente assistida, que consiste na implantação de um embrião no útero de uma barriga de aluguel, que entrega o bebê ao casal solicitante após o nascimento.
Em junho de 2022, o jesuíta argentino já havia descrito a barriga de aluguel como uma ‘prática desumana‘.
Em novembro de 2023, o Vaticano indicou que os filhos de casais do mesmo sexo, adotados ou nascidos de barriga de aluguel, poderiam ser batizados.
Poucos países do mundo autorizam a prática e, quando fazem isso, é em termos ‘altruístas‘, isto é, sem qualquer compensação financeira envolvida.
A barriga de aluguel comercial, ou seja, em que a barriga de aluguel obtém uma compensação financeira, é autorizada em alguns estados dos Estados Unidos. (AFP)