Novo City não é Civic, mas tem seus trunfos

O sedã freia por conta própria diante do risco iminente de acidente e alterna automaticamente o facho dos faróis

Por Cruzeiro do Sul

O City é o primeiro carro nacional que freia por conta própria diante do risco de acidente

Com o fim do Civic brasileiro, cabe à 5ª geração do City ser o novo protagonista da linha de sedãs da Honda no País. Para tanto, o compacto chega com bons trunfos e recursos de ponta. Estamos falando, por exemplo, dos sistemas semiautônomos de condução, como controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, que acelera e freia o carro sozinho, e assistente de permanência em faixa, que ajusta a trajetória.

O sedã também freia por conta própria diante do risco iminente de acidente, bem como alterna automaticamente o facho dos faróis em viagens noturnas. Esses itens estão no pacote Sensing, que era exclusividade dos importados da Honda. O City é o primeiro nacional com esses recursos.


Conteúdos modernos

Durante a avaliação, deu para constatar as vantagens do sistema. A assistência é suave e precisa, com auxílio também em curvas. A tecnologia aplica leves correções no volante para manter o carro na melhor tangente -- ou centralizado. Assim, amplia conforto e segurança.

Contudo, a tecnologia está apenas na versão de topo da linha, Touring. Essa opção tem tabela de R$ 123.100, mas, em São Paulo, por causa do ICMS maior, o preço é de R$ 127.700. Por esse valor, o City é mais caro que o Civic Sport (R$ 126 mil). Porém, tem conteúdo mais atual e farto.

A tela multimídia também é nova, com 8 polegadas e respostas mais rápidas. A central tem conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay, o que facilita o pareamento de smartphones. Mas o Honda fica devendo internet a bordo, algo que os rivais Chevrolet Onix Plus e Hyundai HB20S já oferecem. Porém, itens como os faróis e lanternas Full LEDs dão um toque refinado ao visual do compacto.


Vida a bordo

No dia a dia, o carro vai agradar quem gosta de modernidades. O City tem chave presencial e câmera lateral Lane Watch, que atua como um assistente de ponto cego. Por dentro, traz plásticos rígidos, mas com capricho nos detalhes, como couro em parte do painel e das portas. Há vários tipos de compartimento. No console central, há uma bandeja para celulares com duas portas USB. Por fim, o City cresceu, e sobra espaço para pernas e cabeça. Três adultos viajam com conforto e o porta-malas, de 519 litros, supera até o de SUVs médios.


Foco na economia

O motor 1.5 16V flexível é novo, tem sistema de injeção direta de combustível, bem como duplo comando variável de válvulas no cabeçote. Gera até 126 cv de potência e 15,8 mkgf de torque. Ele é gerenciado pelo câmbio automático do tipo CVT que simula sete marchas.

O conjunto não chega a empolgar. Porém, é um dos mais econômicos no Programa de Etiquetagem do Inmetro. As médias de consumo com etanol são de 9,2 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada). Com gasolina, o City faz suas melhores médias: 13,1 km/l (cidade) e 15,2 km/l (estrada). Na avaliação, com etanol, fez entre 9,5 km/l e 9,8 km/l no uso misto.


FICHA TÉCNICA

Honda City sedã Touring

Preço sugerido: R$ 127.700

Motor: 1.5, 4 cil, 16V, flexível

Potência (cv): 126 a 6.200 rpm

Torque (mkgf): 15,8 a 4.600 rpm

Câmbio: Automático CVT

Comprimento: 4,5 metros

Entre-eixos: 2,60 metros

Porta-malas: 519 litros

Tanque: 44 litros

Fonte: Honda

Prós:
Tecnologia - Sedã compacto acerta com novas tecnologias e é econômico graças ao novo motor 1.5 flexível com injeção direta

Contras:
Desempenho - Honda poderia ter internet a bordo e, por causa do câmbio CVT, desempenho não empolga