Na linha 2022, Volkswagen Jetta GLI fica mais gostoso de dirigir

Ele gera 231 cv de potência a 5 mil rpm e 35,7 mkgf de torque às 1.500 rpm

Por Cruzeiro do Sul

O sedã recebeu uma leve reforma visual, com destaque para os novos para-choques

As primeiras unidades da linha 2022 do Jetta GLI começaram a chegar ao Brasil. Com versão única, 350 TSI, o sedã feito no México tem preço sugerido de R$ 216.990 e motor 2.0 de quatro cilindros com turbo e injeção direta de gasolina.

Ele gera 231 cv de potência a 5 mil rpm e 35,7 mkgf de torque às 1.500 rpm. O câmbio é automatizado de sete marchas e a tração, na dianteira.

O único opcional é a pintura. Além das cores sólidas branca e cinza, que não têm custo, há as metálicas vermelha e azul, a R$ 2 mil, e preta perolizada, por R$ 2.200.

No visual, a grade dianteira está maior e o para-choque, mais proeminente, com tomadas de ar em forma de halteres. Faróis, setas e lanternas agora têm luzes de LEDs. Os faróis, aliás, trazem ajuste automático de facho alto e baixo.

Atrás, o para-choque cresceu e ganhou novos detalhes no desenho. Além disso, há dupla saída de escapamento com acabamento cromado.

Com isso, o Jetta 2022 é quase 4 centímetros mais comprido (4,74 metros) que o anterior. Porém, não há mudanças nas dimensões internas e o entre-eixos tem bons 2,68 metros.

A área na traseira é ampla. Há bom espaço para joelhos e ombros de até três pessoas e as cabeças não raspam no teto.

Nas laterais, não há mudanças. A única novidade são as rodas de liga leve de 18 polegadas, com acabamento diamantado. Os pneus têm medidas 225/45 R18 e as pinças de freio são pintadas de vermelho.

Painel renovado

O principal destaque do novo Jetta é o painel. Segundo a Volkswagen, o sedã ficou mais “sofisticado”. Porém, isso não quer dizer que tenha ficado luxuoso.

Por exemplo, não há saída de ar nem porta USB para os ocupantes do banco traseiro. Os acabamentos, feitos de plástico duro, lembram os do “irmão” menor, Virtus.

Voltando à dianteira, os grafismos ficaram mais evidentes e o pespontado do couro que cobre os painéis de portas e bancos está mais bonito. Aliás, há revestimentos emborrachados e agradáveis ao toque.

No volante com base reta, em vez de botões há uma superfície que lembra a tela de celulares. Ao acionar os comandos, há uma resposta tátil, como se fossem teclas convencionais.

O bancos dianteiros têm refrigeração e aquecimento. Porém, apenas o do motorista traz ajustes elétricos. Bem como três opções de memória.

A nova central multimídia inclui tela de 10,25’ sensível ao toque. Ela forma uma espécie de conjunto único com a do painel de instrumentos, também de 10’. Há conexão com Android Auto e Apple Carplay sem fio e por uma das três portas USB-C. Além de carregador de celular sem fio.

O novo Jetta traz vários recursos de condução semiautônoma. Controlador de velocidade adaptativo (ACC), assistente de permanência na faixa de rolagem e alerta de risco colisão traseira são alguns deles.

No modo Sport de condução, o ACC mantém distância mais curta em relação ao carro à frente. E, após reduzir a velocidade ou parar em congestionamentos, a aceleração ocorrerá de forma mais imediata.

O motor foi recalibrado para, segundo a VW, atender à nova lei de emissões de poluentes -- e ganhou 1 cv. Além disso, a marcha extra (o câmbio antigo tinha seis) permite que 2.0 trabalhe em rotações baixas. Como resultado, o consumo de gasolina diminui até 9%, informa a marca.

Outra novidade na eletrônica é o ajuste mais firme do comportamento da suspensão. Porém, isso só pode ser notado em pistas, como a da Pirelli, no interior de São Paulo, onde o modelo foi avaliado.

Aliás, a suspensão é o componente mais dinâmico do Jetta GLI desde seu lançamento. O sistema é independente nas quatro rodas, sendo que a traseira, do tipo Multilink, tem molas rígidas e amortecedores com acerto esportivo.

Além disso, tudo é facilitado pelo novo sistema progressivo de direção, com relação direta, que aumenta a sensação de firmeza do volante conforme a velocidade aumenta. Na prática, o carro ficou mais avançado e gostoso de dirigir.

E, embora as atualizações na mecânica e eletrônica sejam relativamente sutis, deixaram o sedã ainda melhor de acelerar. Assim, o prazer ao volante está garantido. (Estadão Conteúdo)