Stellantis produzirá carros híbridos flex no Brasil em 2024

As três arquiteturas híbridas flex e uma quarta 100% elétrica foram demonstradas em quatro plataformas da empresa

Por Cruzeiro do Sul

O anúncio foi feito por Antonio Filosa no Polo de Betim

Bio-Hybrid, pode ir se acostumando com esse nome, pois foi o escolhido para batizar a nova tecnologia de propulsão híbrida flex desenvolvida pela Stellantis e que já está pronta para ser aplicada nos carros
produzidos pelas marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroen. Notícia confirmada nesta semana pelo presidente da Stellantis América do Sul, Antonio Filosa, em evento realizado no Polo Automotivo de Betim, Minas Gerais.

As três arquiteturas híbridas flex e uma quarta 100% elétrica foram demonstradas em quatro plataformas da empresa, todas desenvolvidas pelo Tech Center Stellantis América do Sul, em conjunto com fornecedores, pesquisadores e diferentes parceiros do ecossistema de inovação impulsionado pela empresa.

A Bio-Hybrid é a mais simples, com um motor elétrico no lugar do alternador e do motor de partida, mais
uma bateria adicional de lítio. Além da energia para o sistema de 12 volts, esse motor elétrico fornece torque adicional para o motor a combustão nos dois primeiros minutos de funcionamento, momento em que há a maior emissão de CO2, enquanto o catalisador ainda não atingiu a temperatura ideal de trabalho.

A plataforma Bio- Hybrid e-DCT tem dois motores elétricos, um pequeno que substitui alternador e motor de partida, e outro maior acoplado à transmissão. Tem uma bateria de lítio-íon de 48 volts para dar suporte ao sistema, sendo que a gestão dos modos de uso, só motor a combustão, só elétrico ou híbrido, é feita por uma unidade eletrônica.

Já a plataforma a BioHybrid Plug-in conta com bateria de lítio-íon de 380 volts que pode ser alimentada pelo sistema de regeneração nas desacelerações, pelo motor térmico do carro ou em tomadas residenciais e em eletropostos. Nessa opção, tem um motor elétrico no eixo traseiro que entrega potência direto para as rodas.

A gestão do sistema também é gerenciada pela unidade eletrônica. A quarta opção é plataforma BEV, equipada com um motor elétrico de alta tensão alimentado por uma bateria de 400 volts. A recarga é feita pelo sistema de regeneração ou no modo Plug-in. Segundo os engenheiros da Stellantis, essa plataforma virá equipada com um sistema de som customizável para simular roncos de um motor.

A Stellantis, mais uma vez, reforçou sua crença em um processo de transição para os veículos eletrificados de forma gradual e menos onerosa. Para isso, o grupo aposta na combinação da eletrificação com o etanol, a qual considera ideal para alcançar resultados rápidos no trabalho de redução de emissões de CO2, ao mesmo tempo que cria condições para produção de veículos eletrificados acessíveis para o consumidor. Os primeiros modelos com as novas tecnologias começam a chegar no início de 2024.