Portas abertas aos brasileiros

Por Da Redação com Estadão Conteúdo

México (foto), América Central e Caribe têm poucas restrições aos turistas durante a pandemia.

Mesmo antes do turismo da vacina, brasileiros embarcaram para o México ao longo de toda a pandemia. Com apelo no mercado nacional -- Cancún frequenta as listas dos destinos preferidos para viagens ao exterior há anos --, o país foi um dos poucos que se mantiveram abertos para viajantes do Brasil. Agora outros pontos da América Latina e do Caribe divulgam que -- ao contrário do que ocorre em muitas partes do mundo -- brasileiros são, sim, bem-vindos. O foco é atrair, além do turista convencional, quem pode trabalhar de maneira remota ou ficar no país para a quarentena antes de ir aos Estados Unidos.

Panamá, Aruba, Belize, Curaçao, Anguilla, Bahamas - a lista só aumenta. “Nas últimas três ou quatro semanas, a maioria das viagens na região era para o México. Agora, com a retomada de voos e abertura de fronteiras, Aruba e Curaçau voltaram a ter demanda”, afirma Bruno Delfini, gerente de Produtos e Operações Internacionais da BWT Operadora. “A gente até lançou pacote para Aruba a partir de US$ 1.099, com aéreo e sete noites de hotel com café e transfer.”

O destino investiu numa oferta de relançamento, com a Copa Airlines, para o mercado brasileiro. “A partir de US$ 450 ida e volta, mais taxas, será possível visitar Aruba, partindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte ou Brasília. A compra tem de ser realizada até hoje, mas a viagem pode ser até 31 de outubro”, diz Carlos Barbosa, representante de Aruba no Brasil.

Segurança

“É um destino de férias ou mesmo para home office, já que a ilha oferece boa estrutura para trabalho remoto. Mais de 90% do PIB é proveniente do turismo, por isso, o destino implementou rígidos protocolos”, explica Barbosa. “Além disso, mais de 65% da população já está imunizada, o que traz ainda mais tranquilidade aos visitantes.”

Belize, na América Central, reforça que também é um destino seguro. “No ranking do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), está classificado com risco 1 de contaminação, o mais baixo”, informa o Madre Travel, escritório oficial do Turismo de Belize na América Latina.

Bahamas e a pequena Anguilla, no Caribe, mantiveram sua promoção turística no Brasil durante a pandemia. “Anguilla criou o conceito de bolha, tanto para visitantes de curta como de longa duração, para que eles pudessem entrar na ilha e desfrutar de suas belezas e praticidades em um ambiente limitado e controlado, para o cuidado com todos”, conta a porta-voz do Conselho de Turismo de Anguilla, Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican Network.

Os destinos estão de olho nos viajantes brasileiros (alguns até já vacinados) e não se posicionam necessariamente como um lugar para quarentena de quem busca imunização nos Estados Unidos. Mas sabem que, pela posição geográfica, são uma opção. “A prioridade das Bahamas é a saúde e o bem-estar dos nossos cidadãos e visitantes. Estamos focados na vacinação dos residentes”, diz Giovanni Grant, gerente-geral de multidestinos do Ministério de Turismo e Aviação do país. “As Bahamas, pela proximidade e imensa disponibilidade de voos, especialmente para a Flórida, são um destino privilegiado pelos brasileiros a caminho aos Estados Unidos.”

Atrativos

Além do mar incrivelmente claro, os destinos têm boa infraestrutura hoteleira e de serviços. México e os países da América Central costumam guardar outro ponto em comum: sítios arqueológicos, com destaque para Chichén Itzá. A antiga cidade maia, declarada patrimônio mundial pela Unesco, fica a cerca de 2h30 de Cancún.

As regiões da América Central e do Caribe em geral podem ser acessadas do Brasil pela Copa Airlines. A Aeromexico também é uma opção para a região como um todo, mas especialmente para os visitantes que queiram explorar a Cidade do México, com um stopover, ou seja, uma parada breve antes de seguir para outro destino. Para entrar no país, basta preencher uma ficha de saúde. 

Países têm protocolos diferentes

Na hora de escolher para onde ir, é bom estar atento às exigências. No Panamá, por exemplo, há um teste adicional na chegada -- em conexões no aeroporto, não é necessário esse exame, tampouco a vacina de febre amarela, requisito para visitar o país. Mesmo que o resultado seja negativo, o viajante tem de passar três dias de quarentena em hotel definido ou autorizado pelo governo -- e depois desse período, fazer outro teste. Nas Bahamas, quem foi imunizado com Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca está isento de mostrar o PCR na entrada; Coronavac está fora da lista. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)

O QUE É PRECISO

Exceto no México, exames costumam estar entre as exigências dos países para a entrada de visitantes. Consulte os sites oficiais para informações na época da viagem. Atualmente, pedem:

- Anguilla - PCR-RT negativo (de 3 a 5 dias antes da chegada); US$ 300 de taxa (vacinados estão isentos e, após 1º/7, a cobrança será extinta). Site: ivisitanguilla.com

- Aruba - Vacina de febre amarela; PCR negativo (feito de 72 a 12 horas antes); seguro-viagem; seguro de Aruba para cobrir custos ligados à covid-19 - US$ 30 para maiores de 15 anos, US$ 10 para o restante. Site: aruba.com.

- Bahamas - Vacina de febre amarela; visto online de saúde; PCR-RT (feito no máximo 5 dias antes); teste de antígeno se ficar mais de 4 noites. Site: bahamas.com.

- Belize - Vacina de febre amarela; certificado de vacinação, PCR negativo (até 96 horas antes) ou antígeno (até 48 horas); hotel aprovado pelo país. Site: travelbelize.org.

- Curaçau - PCR negativo (feito até 72 horas antes do voo); teste de antígeno no terceiro dia na ilha. Site: curacao.com.

- Panamá - Vacina de febre amarela; PCR ou antígeno (até 48 horas antes); teste molecular (US$ 85) na chegada. Site: visitpanama.com.