Explore todos os caminhos da Terra Santa
Berço das três maiores religiões monoteístas do planeta, Israel, no Oriente Médio, atravessa milênios como sonho de consumo dos turistas de todos os continentes. Porém, engana-se quem imagina que os encantos da Terra Santa sejam apenas os templos e lugares sagrados do cristianismo, judaísmo e islamismo. O país de apenas 20 mil quilômetros quadrados -- menor que Sergipe, o menor Estado brasileiro -- e banhado pelo mar Mediterrâneo reúne uma das maiores concentrações de atrativos de todos os tipos.
Entre as opções de passeios estão desde sítios históricos incríveis -- como Massada, Acre e Cesareia --, paisagens naturais belíssimas que vão do deserto de Negev ao surreal mar Morto, a cosmopolita e moderníssima Tel-Aviv -- que tão bem convive com a histórica Jaffa --, surpreendentes praias ao longo de toda a costa até o balneário de Eilat. Tudo isso, claro, complementado pelo famoso roteiro religioso, cruzando especialmente as regiões da Galileia, Haifa, Nazaré e Jerusalém, além dos territórios palestinos de Belém e Jericó.
A curta distância entre as atrações, sejam elas religiosas ou não, é uma das grandes vantagens do país. O turista pode facilmente percorrer todo o território e explorar várias cidades em viagens de poucas horas. Não se prenda apenas ao roteiro da Via Sacra, na famosa Jerusalém. Aproveite para conhecer tudo o que Israel tem a oferecer.
Em Israel, tudo contribui para o turismo. A oferta de hotéis é excelente, as estradas bem sinalizadas e é muito tranquilo fazer todo o roteiro por conta própria. Porém, nem sempre o turista está disposto a organizar estadia, transporte e rotas. É nesta hora que entram em cena os passeios de empresas de turismo. Eles são um grande facilitador, especialmente para quem não está com tempo de montar o roteiro da viagem ou simplesmente quer curtir e não se preocupar com nada.
Tel Aviv
Um roteiro de seis dias permite conhecer, sem correrias, os atrativos imperdíveis de Israel. Ponto de partida dos principais roteiros, Tel-Aviv surpreende os visitantes mais desavisados. A cidade -- centro econômico e segunda mais populosa do país -- é extremamente avançada. Com população jovem, excelentes restaurantes voltados para a gastronomia de todo o mundo, casas noturnas que entram pela madrugada e uma belíssima orla de frente para o Mediterrâneo, é ideal para quem deseja curtir o lado urbano de Israel.
Jerusalém
Independentemente da religião do visitante, qualquer viagem a Israel não pode deixar de incluir, pelo menos, um ou dois dias em Jerusalém. Suas vielas levam o turista para o cerne do judaísmo, do cristianismo e, em menor grau, do islamismo, em um passeio capaz de encantar mesmo quem se considera ateu.
O Museu do Holocausto é um dos passeios mais comoventes. O local conta os detalhes do genocídio perpetrado por Hitler contra os judeus antes e durante a Segunda Guerra Mundial, dando face e nome a diversas das vítimas do nazismo, mostrando como foi a propaganda usada pelos nazistas para demonizar a população judaica e expondo como era a vida nos guetos e campos de concentração da Europa.
Também imperdível, a Igreja do Santo Sepulcro é um dos locais mais importantes para os cristãos do mundo inteiro. Segundo a tradição, o templo foi erguido no local onde Jesus foi crucificado e onde ele ressuscitou. Trata-se de um complexo religioso que começou a ser erguido no ano de 325 e que abriga também a Pedra da Unção, onde, após a crucificação, o corpo de Jesus teria sido enrolado num lençol de linho por José de Arimateia.
O Muro das Lamentações é que o restou da estrutura que envolvia o antigo Segundo Templo de Jerusalém e é um dos lugares mais importantes para o judaísmo no mundo. Fiéis vão ao local diariamente para rezar de frente para o enorme paredão e colocar pedidos e orações em suas fendas. Outros fiéis, por sua vez -- incluindo militares das forças armadas israelenses --, costumam dançar e cantar, em um momento de comunhão. Uma dica é evitar visitar o local na sexta-feira no final do dia, quando os arredores do muro se encontram lotados de judeus rezando por causa do começo do sabá.
Localizado em um trecho sobre o Muro das Lamentações, o local conhecido como Monte do Templo (ou, para os árabes, Al-Haram ash-Sharif) abriga a mesquita de Al-Aqsa (uma das mais sagradas e antigas do mundo islâmico) e o Domo da Rocha, edificação que marca o lugar onde Abraão quase teria sacrificado seu filho e que fascina os turistas com sua linda cúpula dourada.
Parte da estrutura do antigo muro que envolve o centro histórico de Jerusalém -- erguido no século 16, a mando do Império Otomano -- pode ser visitado. Trata-se de um tour que oferece vistas privilegiadas para as construções ancestrais da cidade israelense, gerando oportunidades para grandes fotos. Além disso, os visitantes podem observar o agitado movimento de fiéis das mais diversas crenças e origens que atravessam os muitos portões que existem na murada. Outras visões interessantes são os mercados de rua e os peregrinos.
O Monte das Oliveiras -- outro local bíblico -- é um dos passeios tradicionais em Jerusalém. Localizado em frente ao centro histórico murado, é um mirante perfeito. Do cume é possível admirar o sol caindo sobre as construções históricas e sagradas, incluindo a cúpula dourada do Domo da Rocha. O Jardim de Getsemâni -- onde Jesus teria orado antes de sua captura -- fica no sopé do monte e de fácil acesso.
Cesareia
Localizada no caminho entre Tel Aviv e Haifa, a cidade antiga de Cesareia poderia ser um conjunto arqueológico romano como tantos outros na própria Itália, na Grécia ou na Turquia. No entanto, é muito mais impressionante. A começar pela agradável localização, que coloca na beira do mar Mediterrâneo as ruínas milenares de um palácio, um aqueduto, um hipódromo e um teatro.
Fundada cerca de duas décadas antes do nascimento de Jesus Cristo, pelo imperador Herodes, Cesareia floresceu a ponto de se transformar no mais importante centro cultural da parte oriental do império romano. Atravessou eras, resistiu ao período das cruzadas no século 12 d.C., e foi destruída pelos mamelucos no século seguinte. Uma parte do entretenimento do habitantes locais e milhares de viajantes que passavam pela cidade ficava por conta das corridas de biga. O teatro -- concluído no ano 10 a.C e localizado de frente para o mar --, era outro local famoso no mundo inteiro.
Passados tantos séculos, hoje em dia o incrível teatro de Cesareia ainda cumpre bem a sua função. Continua sendo palco de concertos, shows e peças, tudo com uma acústica fenomenal. Diante de quase 4 mil espectadores sentados já se apresentaram artistas como Eric Clapton, Alanis Morissette, Deep Purple e a banda Pixies, entre outros shows.
Massada e Mar Morto
A cerca de uma hora de Jerusalém de carro ou ônibus de excursão, fica a fortaleza de Massada. É possível subir no conforto do bondinho que leva ao topo em cinco minutos ou caminhar durante uma hora e meia. Quem escolhe o caminho mais rápido para subir ao platô dominado pela antiga fortaleza de Massada tem outra grande vantagem: mais tempo para contemplar a incrível vista sobre o Mar Morto.
Muito mais do que um mirante ou um patrimônio da humanidade -- declarado pela Unesco --, Massada foi o último refúgio dos hebreus até os romanos o destruírem em 73 d.C. A fortaleza foi edificada em 30 a.C. pelo rei Herodes, que estabeleceu grandes palácios, cisternas, estoques para comida e casas de banho, hoje vistas em ruínas incríveis.
Quem vai a Massada, pode seguir até a orla do Mar Morto para flutuar sobre as águas mais salgadas do mundo. Balneários oferecem estrutura para conhecer o local com toda a comodidade. Aproveite para se lambuzar com a lama que promete deixar a pele lisa e até tratar doenças de pele.
Akko
A meia hora de Haifa, a Cidade Velha de Akko impressiona pelas imensas abóbadas subterrâneas, arcos e colunas construídos em tijolinhos milimetricamente encaixados por várias civilizações que passaram por essa terra. Hoje o que se vê ao longo das estreitas ruelas dentro da antiga muralha são especialmente construções que remetem ao período otomano, entre os séculos 17 e 19, como a cidadela, as mesquitas turcas e os banhos.
No banho turco Hamam al Basha, um show de som e luzes narra detalhes do período. Para recuperar as energias, que tal comer um peixe fresquinho em um dos inúmeros restaurantes do local. Outra opção é a mais tradicional comida da região: humus -- pasta de gergilim -- com pita -- pão árabe -- no mercado de rua na Cidade Velha. Por fim, o turista pode se acomodar à frente da marina e observar o entra e sai de pescadores. (Da Redação - com agências)