Professora representa mulheres brasileiras em capacitação internacional
A vivência internacional faz parte da rotina dos professores da Uniso
A vivência internacional faz parte da rotina dos professores da Uniso, que participam de cursos, eventos, projetos e organizações no exterior, representando o Brasil e a Universidade.
Entre tantos exemplos, no mês em que se comemorou o Dia Internacional das Mulheres, a professora Manuella Nóbrega Dourado Ribeiro foi selecionada pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), com outra brasileira, para participar de uma capacitação em nível internacional voltada para mulheres com formação em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Ela é empreendedora, pesquisadora e colaboradora do Mestrado e Doutorado Profissional em Processos Tecnológicos e Ambientais.
A seletiva teve 46 candidatas de 4 países da América Latina (Brasil, Chile, Peru e República Dominicana), das quais apenas 10 chegaram à fase de mentoria individual, realizada neste mês de março.
A professora foi indicada por meio de sua participação no Catalisa ICT, uma iniciativa articulada pelo Sebrae, que contemplou 270 iniciativas inovadoras de base tecnológica no País com o incentivo de até R$ 150 mil, na edição 2022.
Manuella foi selecionada pelo estudo desenvolvido sobre a produção de um inoculante – produto que contém grande quantidade de bactérias que fazem bem às lavouras – capaz de aumentar a produtividade do tomateiro. Com a participação no programa, que se encerra em maio, ela fundou a MicroGene, empresa de base tecnológica.
Manuella é engenheira agronômica, com mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela USP, doutorado no Programa Internacional em Biologia Celular e Molecular Vegetal na USP e Ohio State University, e Pós-Doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Microbiologia da USP. Com informações da Agência Sebrae.
Confira aqui a reportagem completa: Girl Power: brasileiras, pesquisadoras e empreendedoras são selecionadas para capacitação internacional da OMPI
Diamante Metálico no exterior
O professor Thomaz Augusto G. Restivo, do Mestrado e Doutorado em Processos Tecnológicos e Ambientais, também foi contemplado pelo programa Catalisa ICT do Sebrae, na edição 2022.
Ele participou do curso de inovação “Leaders of Innovation Fellowship”, com seu projeto sobre Diamantes Metálicos selecionado pela Royal Academy of Engineering. Com duração de seis meses, a conclusão do curso aconteceu em Londres, durante 15 dias, em 2022, com apresentação de pitches de mais de 100 projetos inovadores dos países emergentes, entre os quais Índia, México, Colômbia e Singapura. A partir disso, ele estabeleceu uma cooperação com a Rolls & Royce University Tecnology Centre, com o envio de amostras do diamante para análise em microscópio eletrônico de transmissão e outras técnicas avançadas.
Seu projeto sobre Ligas de Diamante Metálico de Extrema Dureza consiste no desenvolvimento de técnicas de fabricação de diamante metálico e respectivos protótipos, que estão sendo preparados para testes, como pequenos pinos cilíndricos 2x2mm que seriam a ponta cortante de uma serra industrial. Ele desenvolveu o Diamante Metálico na Uniso, a liga mais dura do mundo. As ligas mostram durezas acima de 1000 kg/mm2, maior que o aço atual mais duro, por exemplo. Processos de endurecimento adicional estão em estudo, visando aumentar a dureza acima de 1500 kg/mm2, o que se aproxima de materiais cerâmicos. A liga possui grande variedade de aplicações, tanto na terra e no mar quanto no espaço, como na produção de brocas e outras ferramentas para perfuração em solos, rochas ou gelo, mesmo em ambientes corrosivos; além de projéteis perfurantes. Também pode ser utilizada em turbinas e propulsores a jato, cânulas e cones de exaustores, ou em blindagens térmicas, até mesmo para a reentrada de veículos espaciais na atmosfera ou em reatores nucleares. Conforme explica o professor, o Diamante Metálico não contém cobalto como os materiais concorrentes – metal duro ou widia. “O cobalto é um metal caro, escasso e resultado de trabalho forçado e trabalho infantil na República do Congo. Ainda, os carros elétricos devem consumir todo o cobalto nos próximos anos”, detalha.
Pós-doutorado em Portugal
A professora Greiciane de Oliveira Sanches, do curso de Direito, foi aprovada no Pós-Doutorado em Democracia e Direitos Humanos da Universidade de Coimbra, em Portugal. O processo de seleção contemplou o envio de projeto de pesquisa e análise de currículo. Ela está realizando a pesquisa a distância e apresentará parte dos resultados em um seminário presencial que acontecerá em julho. Seu trabalho envolve a análise das emendas populares sobre o direito à educação no processo constituinte brasileiro que originou a Constituição de 1988.
Greiciane é professora há oito anos na Uniso, onde fez a graduação em Direito e o Mestrado e Doutorado em Educação.