Promover hábitos saudáveis, dar apoio psicológico, oferecer flexibilidade de horário e benefícios, como vale-refeição e cartão-alimentação, são medidas que ajudam a promover o bem-estar dos funcionários. Estudos mostram que este tem sido um aspecto cada vez mais valorizado por profissionais. Para as organizações, também há vantagens, já que a satisfação dos funcionários aumenta a produtividade e contribui para a atração e retenção de talentos. 

Segundo pesquisa feita pela Gympass, em 2023, programas corporativos de bem-estar, como a oferta de vale-refeição, são eficientes. Entre as empresas que participaram do estudo, 80% mediram o retorno sobre o investimento (ROI) de seus programas, e nove em cada dez perceberam impactos positivos.

A redução dos custos com assistência médica foi observada por 78% das organizações. Em 85%, foi necessário desembolsar quantias menores para atrair, reter e engajar talentos. O estudo foi feito com mais de 2 mil líderes da área de Recursos Humanos (RH).

De acordo com a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), programas de bem-estar são iniciativas implementadas pelas organizações com o intuito de promover e melhorar a saúde, tanto física, quanto mental dos colaboradores. 

As iniciativas podem englobar programas de incentivo à atividade física, oferta de serviços médicos e odontológicos, acesso à alimentação de qualidade - por meio de cartão vale-refeição, cesta básica ou cartão-alimentação, por exemplo -, sessões de terapia, entre outros.

Ter uma liderança participativa, promover uma comunicação transparente e oferecer flexibilidade de horário também são formas de promover o bem-estar. A orientação é investir em uma cultura organizacional que valorize a saúde e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos funcionários. 

Colaboradores felizes são mais criativos, produtivos e engajados

O bem-estar dos funcionários impacta o desempenho das empresas. A ABQV ressalta que trabalhadores felizes e saudáveis são mais criativos, produtivos e engajados em suas atividades. O investimento em programas de bem-estar pode resultar em redução de custos com assistência médica, menor rotatividade e maior satisfação no ambiente laboral.

Segundo a Associação, as medidas oferecidas com mais frequência pelas empresas são: ginástica laboral no ambiente de trabalho; programas de alimentação que incentivem refeições balanceadas na companhia ou façam parcerias com empresas de alimentação; e flexibilidade de horário, o ajuste das demandas pessoais e a redução de estresse do trabalhador. 

Iniciativas de apoio psicológico para promoção da saúde também têm sido oferecidas pelas corporações, como sessões de terapia ou incentivo financeiro em plataformas de terapia online. Programas de atividades físicas são outros exemplos, seja dentro ou fora do ambiente de trabalho.

Atração e retenção de talentos

Em relação ao Brasil, o levantamento da Gympass mostrou que 97% das companhias que mensuraram o ROI também encontraram um retorno positivo a partir dos programas de bem-estar. O resultado colocou o país entre as nações com uma das maiores taxas de adesão de funcionários a esse tipo de proposta.

Além disso, 89% dos líderes de RH disseram que os programas são importantes para atrair profissionais qualificados, enquanto 97% afirmaram o mesmo em relação à satisfação dos trabalhadores. Para 86% o fator é relevante para a retenção dos colaboradores. 

Dos executivos entrevistados, 96% reafirmaram a importância dos programas de bem-estar para a aquisição, a gestão, a satisfação e a retenção de talentos.

No Brasil, empresas que oferecem esses programas também economizam em cuidados de saúde, sendo que 82% relataram uma diminuição nos gastos dos benefícios direcionados à área. A maioria das empresas (88%) atribui aos programas de bem-estar a diminuição no tempo de afastamento de funcionários por doenças, o que resulta em times mais saudáveis e produtivos.