Polícia diz que ação judicial é a causa do assassinato de ex-governador
O autor dos disparos que mataram nesta quarta-feira (26) o ex-senador e ex-governador do Espírito Santo Gerson Camata (MDB) seria um ex-assessor do emedebista. O crime aconteceu na rua Joaquim Lyrio, na Praia do Canto, e a motivação teria sido uma ação judicial movida por Camata contra seu ex-funcionário. O suspeito também acusava Camata de corrupção.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado, Nylton Rodrigues, o ex-assessor Marcos Venicio Moreira Andrade, 66, que trabalhou durante 20 anos com Camata, confessou o crime. Ele foi preso e presta esclarecimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), órgão da Polícia Civil.
“O autor do homicídio está preso. Já confessou o crime”, disse Rodrigues. “A arma utilizada foi apreendida e a motivação do crime, lamentável, é uma ação judicial movida pelo nosso ex-governador em desfavor de um ex-assessor seu. Esse ex-assessor trabalhou com Camata por 20 anos e teve R$ 60 mil bloqueados em sua conta. (Nesta quarta), na Praia do Canto, o autor do crime foi tirar satisfação ao encontrar Camata na rua. Neste encontro, iniciou-se uma discussão verbal, quando Marcos sacou uma arma e efetuou os disparos.”
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Radialista e economista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo, Gerson Camata foi senador de 1987 a 2011. Governou o Espírito Santo entre 1983 e 1986. Antes disso, foi deputado federal, estadual e vereador em Vitória.
O partido do ex-governador, o MDB, emitiu uma nota de solidariedade pela morte de Camata. “O MDB se solidariza com todos os capixabas, familiares e amigos pela perda de forma trágica e violenta do ex-governador Gerson Camata, um dos mais importantes quadros do partido e do processo de redemocratização do País. Camata teve sua trajetória marcada pelo compromisso com seu Estado, tendo sido um dos senadores mais atuantes ao longo de mais de 20 anos de mandato.” (Por Matheus Lara, Estadão Conteúdo)