Mesmo nos bastidores, mais que entendimento, há a certeza que são muito poucos os especialistas, aqueles que, de fato, sabem montar e organizar convenientemente uma grade de TV. Um trabalho que, além do conhecimento e obediência a uma série de fatores, também exige sensibilidade e confiança como condições indispensáveis.
Não chega a ser uma ciência exata, mas é quase.
Mauro Lissoni, agora nessas funções no SBT e com toda uma história na área, se inclui entre esses raros.
E vem aí, conforme anunciado para o dia 18 e como seu primeiro trabalho, uma série de alterações na programação, em praticamente todas as faixas, nos mais diferentes horários.
Bola de cristal ninguém tem, mas muita coisa, ou a maior parte talvez, parece reunir totais condições de dar certo. Só que existem outras, com chances reduzidas. Ou sujeitas a fazer uma água, revolta e perigosa.
Por exemplo, apostar no “Chaves”, com uma hora e quinze minutos de exibição diária, como alavanca para o seu prime-time, é um risco desnecessário. Trata-se de algo completamente fora de propósito para os dias atuais e que só os saudosistas serão atendidos. Tem valor histórico e apenas isso.
Outra decisão, também das mais arriscadas, é levar o “SBT Brasil” para as 20h45, contrariando a maior das verdades que “televisão é hábito”. Há quantos e quantos anos o telespectador foi acostumado a saber que naquele determinado horário, de segunda a sábado, tem jornal? Por que, então, mexer com ele, que tem habitualmente registrado a maior média/dia?
Para o dia 18 ainda tem chão. Uma semana e pouco pela frente, tempo suficiente para, pelo menos nesses dois casos, encontrar soluções mais razoáveis e satisfatórias. Vai por mim.

Notas

Por favor

Alguns desavisados, claro que os mais educados, podem entender como perseguição a insistência com o “Chaves” ou mesmo achar que se trata de algo pessoal. Nada disso.

Apenas que é um retrocesso botar no ar algo que já teve seu tempo. No próprio SBT já chegou a ter 4h/dia, um quebra-galho respeitado, mas que não tem nada a ver nos tempos atuais.

Só uma questão

Aos advogados de defesa do “Chaves”, pergunta simples: fosse você um empresário ou dono de uma agência de propaganda, colocaria dinheiro na sua exibição?

Fora o que tira o lugar da produção própria.

Vai começar

A Argentina, também tão conhecida devido à rivalidade no futebol, se tornou o destino preferido de muitas TVs e produtoras de conteúdo brasileiras para gravações de novelas, séries e programas.

E é para lá que uma equipe da Record viaja neste domingo, liderada pelo diretor Rudi Lagemann. Na segunda, começam as gravações de “A Esperança”, subtítulo da 13ª temporada de “Reis”.

Novos tempos

Claro que nem sempre só o talento contou nas escalações das novelas. Alguns outros fatores, que não tinham nada a ver, também pesaram.

Agora, entre as principais premissas, o número de seguidores.

Bem nas duas

Larissa Manoela é uma das poucas, que se enquadra nas condições de hoje para qualquer escalação.

Já falada para “Êta Mundo Bom! Parte 2”, atende bem os requisitos. É boa atriz e tem mais de 54 milhões de seguidores no Instagram. Será a sua segunda novela na casa, depois de “Além da Ilusão”.

Montagem

As contratações para o esporte da Record ficaram nas que já foram anunciadas, Cleber Machado, Dodô e Maurício Noriega, entre os principais, como pessoal de vídeo. Além de seguir com toda a infra necessária.

Não terá programa diário, só participações, mas um no final de semana. Além do pré-jogo de 30 a 40 minutos.