Guerra na Ucrânia
Brasileiras tentam fugir do conflito
Desde que a ofensiva militar russa invadiu a Ucrânia, as jogadoras brasileiras Lidiane Oliveira, Kedma Laryssa e Gabriela Zidoi querem deixar o país, mas não conseguiam. Elas são atletas do Kryvbas Women, time da cidade de Kryvyi Rih, no sudoeste do país e a 400km da capital Kiev, e conseguiram embarcar ontem (4) em um trem lotado para Lviv, cidade a duas horas de carro da fronteira com a Polônia e por onde outros brasileiros também têm feito a travessia.
“São muitas pessoas tentando sair, crianças, mulheres... É desesperador tudo isso. Pessoas que têm que largar tudo e recomeçar em outro lugar pois não sabem o dia de amanhã”, publicou Lidiane no Instagram. “Vivemos dias e noites de incertezas. O clube não tem deixado faltar nada e diz para a gente permanecer aqui por ser mais seguro e pela região não ter sofrido com muitos ataques”, contou Lidiane anteontem, antes da viagem de trem. A outra opção seria viajar até a Moldávia, mas o trajeto de oito horas é considerado perigoso.
Outros brasileiros ainda enfrentam problemas para fugir com segurança. Um grupo de brasileiros que joga futsal no país, formado por Cláudio Garcia, Everton Florêncio e Daniel da Rosa, está refugiado em um apartamento em Kherson, cidade tomada pelos russos na quarta-feira (2), e onde atuam pelo clube Prodexim. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)