Cinco atletas de Sorocaba, participantes da Associação Sorocaba para Desporto de Amputados (Asda), foram convocadas para integrar o primeiro time de futebol de amputadas do Brasil. Jussara Carriel Arcanjo (goleira), Letícia Borges Barbalho (goleira - suplente), Alessandra de Fátima Ferraz (zagueira/volante), Viviane Antunes Nascimento (meia/atacante) e Karoline de Souza Freitas (meia/atacante - suplente) farão história ao representar o País no primeiro Mundial de Futebol de Amputadas, do dia 2 a 10 de novembro, em Barranquilla, na Colômbia.

As atletas do futebol de amputadas treinam regularmente. Elas conciliam suas rotinas pessoais e profissionais com a paixão pelo esporte. A associação dá a oportunidade da prática de esportes para 150 deficientes, nas modalidades de futebol, vôlei sentado e atletismo.

As goleiras Jussara e Letícia são as muralhas do time, enquanto Alessandra fortalece a defesa e o meio de campo. Viviane e Karoline são responsáveis pela criatividade no ataque. Os treinos de finais de semana acontecem na Arena Play, em Sorocaba.

Expectativas

Para Jussara, ser convocada para a seleção é um sonho realizado. “As expectativas são altas. Desempenhar bem minha função (goleira), agregar para a equipe, incentivando-as a trazermos o título de campeãs mundial para o nosso País, é a meta a ser batida.”

A zagueira Alessandra espera que o mundial “traga mais reconhecimento e apoio para o futebol feminino adaptado, além de incentivar mais mulheres amputadas a se envolverem no esporte”.

Letícia também joga como goleira e ficou muito contente com a convocação. “Espero ser exemplo para outras brasileiras PCD (Pessoa com Deficiência), pois estamos treinando para fazer o melhor em campo.”

Para Viviane, “essa convocação é a realização de um sonho desde que comecei na modalidade lá em 2017. E, hoje minha meta de vida é poder além de representar meu País, fazer um excelente jogo e dar o meu melhor para trazer a medalha para o Brasil”.

O futebol para amputados é uma modalidade adaptada do futebol convencional, disputada em campos de soçaite por equipe de sete jogadores.

Os atletas de linha possuem amputação ou deficiência em uma das pernas, enquanto os goleiros têm amputação ou deficiência em um dos braços. As regras proíbem os jogadores de tocar na bola com a perna ou braços amputados, ou com as muletas. (João Frizo - programa de estágio)