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Foi de tirar lágrimas

Técnico Clóvis Granado avalia apagão do Renasce no quarto set do jogo contra o Flamengo-RJ: ‘As meninas ficaram com o braço curto’

20 de Março de 2025 às 22:56
Treinador é abraçado durante comemoração pela vitória: só mais dois jogos para a elite
Treinador é abraçado durante comemoração pela vitória: só mais dois jogos para a elite (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

O Renasce Sorocaba garantiu presença nas semifinais da Superliga B Feminina de Vôlei após cinco sets disputados, ponto a ponto, contra o Flamengo-RJ. Os mais de 400 torcedores que compareceram ao Ginásio do Sesi, na noite de quarta-feira (19), acharam que a classificação ia ser conquistada no quarto período, quando as donas da casa chegaram a ficar seis pontos à frente, mas as cariocas se aproveitaram do apagão das sorocabanas, viraram o set — 29 a 27 — e levaram a definição da vaga ao tie-break.

Após a partida, ainda emocionado com a classificação, o técnico Clóvis Granado disse que as meninas ficaram “com o braço curto” e perderam a confiança naquele momento. “Na realidade as meninas ficaram, como a gente chama, com o braço curto. Com essa preocupação de virar a bola e não conseguir. Aí a gente foi perdendo a confiança”, explica.

Ainda conforme ele, o importante é que o time sorocabano soube se recuperar do apagão e encontrou uma solução no quinto set. “Normalmente, quando uma equipe toma uma invertida do jeito que a gente tomou, baixamos a guarda. Neste sentido, minha equipe foi muito unida e determinada para reverter isso no tie-break [terminou em 15 a 8 para o Renasce]”, complementa.

Os três períodos iniciais foram equilibrados, com erros de saque, bloqueio e recepção dos dois lados. As parciais foram: 25x19 (Flamengo), 25x17 (Renasce) e 25x21 (Renasce). No entanto, o resultado final foi favorável ao Renasce. Clóvis Granado, contudo, garante que é necessário entender que houve erros e aprender com eles. Por isso, acrescenta, um dos pontos a serem trabalhados será o bloqueio, mas a questão psicológica também é algo que as atletas têm consciência de que precisam melhorar.

A líbero Audren Rose, por exemplo, diz que a equipe precisa saber conter a ansiedade para que o jogo flua. “É entrar mais na gente. Assim, a atenção vai embora e o jogo vai ficando mais fácil”, reflete. Já para a ponteira Isa Paquiardi, os ensinamentos ficam, mas agora “é virar a chave para a próxima fase que é bem importante, trabalhar e focar no objetivo final que é o acesso à Superliga A”.

Semifinais

O adversário do Renasce Sorocaba nas semifinais da Superliga B sai do confronto entre São Caetano e Ceará, marcado para a noite de hoje (21), no ABC. No jogo de ida, o time paulista venceu, em Fortaleza, 3 sets a 2. As outras partidas das quartas de final são entre Tijuca/RJ x Chapecó/SC e Louveira/SP x Pinhalense/SC. “Não importa quem seja [se referindo ao próximo adversário], vai ser ainda mais difícil. Temos de estar preparadas”, conclui Isa Paquiardi.

 

Torcida ajuda na recuperação da equipe

A torcida é uma parte importante dentro de quadra e essencial para uma virada no placar. A família Leme Santos, por exemplo, foi em peso acompanhar, mais uma vez, o jogo do Renasce Sorocaba na noite de quarta-feira (19). O vôlei está no sangue deles. Por isso, não perdem uma só partida. “A gente acompanha sempre. Meu filho treina e meu pai também me trazia na época do extinto Leite Moça. Não tem como a gente não gostar de vôlei”, conta o encarregado contábil, Maurício José de Oliveira.

Ele estava acompanhado dos filhos Gabriel e Manuela. A estudante de 10 anos foi uniformizada e conseguiu até um autógrafo de sua jogadora favorita, a Yasmin, assim como de outras atletas. “Adoro todo mundo, mas a Yas [como ela é chamada] manda muito bem. Gosto muito dela”, relata a garota. A fã-mirim do Renasce também trouxe a tia-avó. Juntos, a família fez festa com o bateco e a corneta que levaram ao ginásio.

A família, ao lado dos demais torcedores, apoiou o time sorocabano a todo momento e até vaiou as cariocas fazendo com que elas errassem os lances. “A torcida sorocabana é sempre muito forte e a gente sente o carinho aqui dentro de quadra”, comenta a líbero Audren Rose.

Ao final do jogo, os portões da quadra se abrem e as atletas sentem fisicamente o carinho da torcida. Para a ponteira Isa Paquiardi, “esse carinho mostra que não tem distância entre quem torce e, para nós, atletas. É grandioso tudo isso”. (T.M.)

 

 

 

 

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