Na lona
Vai começar de novo
Presidente do São Bento diz que há outras três empresas interessadas em transformar o São Bento em SAF

O presidente do São Bento, Almir Laurindo, garante: há três empresas interessadas em transformar o clube sorocabano em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Ao Cruzeiro do Sul, ele disse que foi procurado por investidores, mas não revelou quem são e de onde são. Deixa transparecer apenas que não desistiu de entregar a equipe ao modelo de negócio que vem se tornando cada vez mais frequente e requisitado no futebol nacional.
Na semana passada, as tratativas com o Flashforward Group — empresa de marketing esportivo que pretendia adquirir 90% das ações do clube — foram encerradas. Outra negociação frustrada foi em fevereiro do ano passado quando o empresário Rubens Takano, dono do AVS Futebol SAD, de Portugal, também retirou a proposta de compra do São Bento.
Com a alegação de que as novas conversações ainda estão em fase preliminar, Almir Laurindo adota a cautela. Prefere dizer que, neste momento, está focado em montar a equipe que vai disputar a Copa Paulista a partir de meados de junho.
Assim, com este propósito, a diretoria executiva do São Bento tem feito contato com vários possíveis patrocinadores. “Outra coisa é que estamos voltados para a captação de novos sócios pessoa física e sócios empresa porque são eles que mantêm o São Bento vivo”, afirma. “Contamos com apoio de todos que queiram um São Bento cada vez mais forte. As portas estão abertas.”
O que deu errado?
Apesar de o presidente Almir Laurindo afirmar que há mais empresas interessadas no São Bento, a frustração pelo fim das negociações com o Flashforward ainda repercute entre diretores, conselheiros e torcedores do São Bento.
O questionamento que paira no ar é: o que deu errado? O Cruzeiro do Sul, então, apurou que a empresa que tem como um dos sócios o ex-jogador Zé Roberto teria devolvido o contrato ao São Bento com muitas alterações em comparação com a proposta vinculante inicialmente analisada e aprovada pela diretoria executiva e pelo Conselho Deliberativo.
O Flashforward, inclusive, teria suprimido detalhes, entre eles relacionados à utilização do Centro de Treinamento Humberto Reale e, principalmente, à prestação de contas dos investimentos propostos que deveria ser pelo menos a cada dois anos.
Ainda segundo informações extraoficiais, do jeito que os membros da Flashforward mandaram a minuta do contrato, eles não teriam responsabilidade alguma sobre uma possível falta de investimento, respondendo por isso apenas no fim dos nove anos de contrato.
A Pluri Sports, empresa que representava a Flashforward nas tratativas, também foi procurada para falar sobre o assunto, mas informou apenas que “os proponentes não vão se manifestar”.