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Capital paulista

Nunes e Boulos vão disputar 2º turno em SP

06 de Outubro de 2024 às 23:35
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Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) disputam a Prefeitura de São Paulo em segundo turno
Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) disputam a Prefeitura de São Paulo em segundo turno (Crédito: ROBERTO SUNGI / RAUL LUCIANO / ESTADÃO CONTEÚDO (6/10/2024))

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disputará o segundo turno da eleição na capital paulista com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Com 99,52% das urnas apuradas até as 21h40 de ontem (6), o emedebista tinha 29,49% e o parlamentar, 29,06% dos votos válidos. Em terceiro lugar, ficou o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), com 28,14%. A deputada Tabata Amaral (PSB) aparecia em quarto, com 9,92%. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) tinha 1,84% e a economista Marina Helena (Novo), 1,38%.

Ricardo Nunes agradeceu pelos votos recebidos no 1º turno, via Threads, e disse que “a vitória está mais próxima do que nunca”. Na publicação, o emedebista escreveu: “Estamos no segundo turno! Obrigado a cada um de vocês que acreditaram e fizeram parte dessa caminhada. Agora, a vitória está mais perto do que nunca!”

Nunes assumiu a prefeitura de São Paulo em maio de 2021, após a morte do prefeito Bruno Covas (PSDB). O emedebista era até então o vice-prefeito. Antes, foi vereador na capital paulista por dois mandatos.

Como candidato a vice, Nunes escolheu o coronel Ricardo Mello Araújo (PL), ex-comandante da Rota, em  aceno a Bolsonaro. O ex-presidente, contudo, resistiu a entrar na campanha e fez poucos gestos na  direção do emedebista.  Boulos foi líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), antes de se eleger deputado federal  em 2022. Quatro anos atrás, ele foi derrotado no segundo turno da disputa pela prefeitura de São Paulo por Covas.

Durante a campanha deste ano, Boulos adotou estratégia para sua suavizar sua imagem de radical, mas teve que responder a questionamentos de adversários sobre protestos do MTST. Marçal chegou a insinuar que Boulos usava cocaína, o que foi negado pelo deputado.

Boulos afirmou que foram as periferias da cidade de São Paulo que o colocaram no segundo turno na disputa pela Prefeitura. “A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança. Agora, quero falar com quem não mora na periferia, para botar a mão na consciência”, disse o psolista.

A candidata derrotada à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, deputada federal Tabata Amaral, disse que votará em Guilherme Boulos no segundo turno das eleições. “Esse é um voto por convicção, não é um voto negociado”, ela disse, em uma entrevista coletiva. “Eu não vou subir em nenhum palanque, eu não vou desfazer quem eu sou ou no que eu acredito, não vou negociar nenhum cargo, vocês não vão me ver integrando nenhum governo, independentemente de qual seja o governo eleito.”

A deputada explicou que o apoio a Boulos é uma “decisão pessoal” dela própria e da sua vice, Lúcia França. O eventual apoio do PSB ao deputado, explicou Tabata, ainda tem de ser definido nos próximos dias.

“É uma decisão tomada com o nosso vice-presidente Geraldo Alckmin, com o nosso presidente Carlos Siqueira, com o nosso ministro do Empreendedorismo Márcio França, com os nossos vereadores eleitos”, ela disse. (Estadão Conteúdo)