Um acidente entre um carro, um ônibus e uma carreta deixou ao menos 38 mortos no km 286 da rodovia BR-116, próximo à comunidade rural da Lajinha, no município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, na madrugada de ontem (21).

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 4h para combater um incêndio no ônibus, que saiu de São Paulo e levaria 45 passageiros à cidade de Vitória da Conquista, na Bahia.

Segundo os bombeiros, 37 corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Uma 38ª vítima morreu no hospital.

De acordo com informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu depois que um grande bloco de granito, que era transportado pela carreta, se soltou e se chocou com um ônibus de viagem, que seguia em sentido contrário.

Após o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou. Um carro também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Segundo relatos de testemunhas, coletados pelos bombeiros, há uma outra versão para o ocorrido: a de que um pneu do ônibus furou, o motorista perdeu o controle do veículo e o bateu no caminhão.

A PRF acredita que o número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Inicialmente, os bombeiros tinham informado sobre o combate às chamas e o resgate de 22 corpos, mas a corporação revisou para cima o balanço de mortos após ter acesso à outra parte do ônibus com ajuda de um guindaste.

Trata-se da maior tragédia em rodovias federais no País desde 2007, primeiro ano com dados disponíveis para consulta, segundo informações da Polícia citadas pela imprensa.

“Lamento imensamente e envio minhas orações aos familiares das mais de 30 vítimas fatais do acidente em Teófilo Otoni, Minas Gerais”, postou o presidente Lula (PT) em sua conta na rede X. “Rezo pela recuperação dos sobreviventes dessa terrível tragédia”, acrescentou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse estar trabalhando “para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar da forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal”. (Estadão Conteúdo, Agência Brasil e AFP)