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Meio ambiente

Ibama confirma vazamento de ácido no rio Tocantins

Mergulhadores viram fissuras no tanque de caminhão que caiu da ponte

06 de Janeiro de 2025 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Há produtos químicos perigosos no fundo do leito do rio
Há produtos químicos perigosos no fundo do leito do rio (Crédito: REPRODUÇÃO / CARLOS BRANDÃO / X)

O Ibama confirmou ontem (6) a existência de fissuras no tanque de um dos caminhões que afundou no rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que ligava o Tocantins ao Maranhão. O veículo da empresa Pira-Quimica continha 23 mil litros de ácido sulfúrico.

A informação foi constatada por mergulhadores que identificaram, na última sexta-feira (3), a presença de duas fissuras no tanque, após a suspeita de vazamento levantada pela equipe da Marinha do Brasil que atua na operação de busca e resgate das vítimas. De acordo com o Ibama, foi solicitado relatório oficial das informações obtidas no local pela equipe da Pira-Química, que deverá ser concluído até quinta-feira (9).

O órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente informou ainda que as análises da qualidade da água do rio Tocantins não demonstram alterações consideráveis. “Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para água doce. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local”, destacou, por meio de nota.

Outras cargas

Além do caminhão da Pira-Quimica, o desabamento da ponte também levou mais dois caminhões carregados de produtos perigosos às águas do Rio Tocantins. Um deles, da empresa Videira, transportava 40 mil litros também de ácido sulfúrico. A análise visual de mergulhadores constatou que o tanque permanece intacto.

O terceiro veículo, da empresa Suminoto, transportava agrotóxico. O trabalho de sondagem da carga no fundo do rio deverá ser realizado por mergulhadores contratados pela empresa.

Segundo o Ibama, as empresas e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) foram notificadas a apresentar planos com análise de riscos para retirada dos caminhões e produtos químicos. (Agência Brasil)