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Meta diz à AGU que fim da checagem só vale nos EUA

Mark Zuckerberg havia anunciado nova política de moderação no dia 7

14 de Janeiro de 2025 às 22:22
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Companhia respondeu a uma notificação extrajudicial
Companhia respondeu a uma notificação extrajudicial (Crédito: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP (9/1/2025))

A Meta, empresa dona das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentou na segunda-feira (13) a carta-resposta aos questionamentos enviados pela Advocacia-Geral da União (AGU) após o anúncio de novas políticas de moderação de conteúdo pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg.

No documento de quatro páginas, a Meta salientou que o encerramento do programa de verificação de fatos por agências independentes de checagem de informação para dar lugar à política de “notas da comunidade”, como é aplicada atualmente no X, valerá apenas para os Estados Unidos neste primeiro momento.

O modelo é testado em território norte-americano com o objetivo de ser replicado futuramente em outras partes do mundo, como indicou Zuckerberg no vídeo de anúncio das alterações no último dia 7.

“A substituição do atual programa de verificação de fatos independente pelas notas da comunidade busca garantir que pessoas com diferentes perspectivas decidam que tipo de contexto é útil para outros usuários verem”, justificou a Meta.

A AGU demonstrou preocupação com as mudanças anunciadas pela empresa e cobrou na notificação extrajudicial enviada na sexta-feira (10), que fossem dadas explicações sobre as medidas que serão adotadas para coibir crimes como violência de gênero, racismo e homofobia nas suas plataformas.

Em resposta, a Meta amainou o discurso de Zuckerberg e afirmou estar “comprometida em respeitar os direitos humanos e seus princípios subjacentes de igualdade, segurança, dignidade, privacidade e voz”.

O CEO da companhia disse no vídeo de anúncio da nova política de moderação que a checagem independente de fatos passou a ser usada para “calar opiniões”.

“Na Meta, estamos comprometidos em respeitar os direitos humanos, conforme estabelecido nos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos (UNGPs) em nossas operações comerciais, desenvolvimento de produtos, políticas e programação”, informou a Meta à AGU.

Ministro

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, afirmou em seu discurso de posse ontem (14) que os resultados do governo federal não estão sendo percebidos por parte da população e citou a importância de uma comunicação da gestão para fazer frente à extrema direita. De acordo com Sidônio, medidas como as anunciadas pela Meta promovem um “faroeste digital”. (Estadão Conteúdo)