A balança comercial brasileira registrou em maio superávit recorde, de US$ 9,291 bilhões. É o melhor resultado para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1989, conforme dados do Ministério da Economia.

Aumentaram as exportações e as importações. Os embarques para fora do País somaram US$ 26,948 bilhões no mês passado, e as importações, US$ 17,657 bilhões.

No acumulado do ano, a balança registra um superávit de US$ 27,529 bilhões. O valor, também sem precedentes na série, é o melhor da história.

Em dia de divulgação de crescimento do PIB maior do que o esperado no primeiro trimestre, os resultados da balança comercial foram vistos por economistas como mais um sinal de retomada na atividade, com a ressalva de que a pauta de exportações brasileiras se concentra em commodities.

Em sua previsão mais recente, o Ministério da Economia estimou que a balança encerrará o ano com um saldo positivo de US$ 89,4 bilhões. Se confirmado, será um resultado 75% maior do que o ano passado, além de configurar um recorde.

Nos últimos meses, a perspectiva de aceleração da vacinação contra a Covid-19, sobretudo nos países mais desenvolvidos, o pacote de estímulos nos Estados Unidos e o ciclo de commodities impulsionaram a melhora da balança comercial brasileira.

Nas exportações, tiveram aumento na média diária tanto bens ligados à agropecuária e à indústria extrativa quanto os produtos da indústria de transformação. A demanda externa tem crescido na esteira da recuperação econômica dos principais parceiros comerciais do Brasil, como China, Estados Unidos e Argentina.

As importações, em maio, registraram aumento de 57,4% na média diária em relação a igual mês de 2020. O resultado é consequência de altas na quantidade e no preço. (Estadão Conteúdo)