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Economia

Fábricas de eletrônicos ainda têm falta de componentes

Atrasos na produção ocorrem em 33% das empresas pesquisadas

25 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Pior fase da crise de abastecimento de peças e matéria-prima ficou para trás
Pior fase da crise de abastecimento de peças e matéria-prima ficou para trás (Crédito: DIVULGAÇÃO / SUFRAMA)

Embora o pior momento da crise de abastecimento tenha ficado para trás na indústria de aparelhos eletrônicos, persistem as dificuldades do setor na aquisição de peças.

A última sondagem com associados da Abinee, a entidade que representa o setor, retrata um quadro de recomposição de estoques de peças, o que permitiu a redução significativa das interrupções de linhas. Por outro lado, ainda é expressivo o número de fábricas que encontram obstáculos para comprar matérias-primas, ao mesmo tempo em que voltam a aumentar as queixas sobre a elevação do custo de produção.

Na pesquisa mais recente da Abinee, relativa a janeiro, 44% dos fabricantes de aparelhos como TVs, celulares e notebooks relataram alguma dificuldade para encontrar componentes e matérias-primas no mercado. É mais do que os 40% apurados em dezembro. O maior problema continua sendo a disponibilidade de componentes eletrônicos. Entre as fábricas que utilizam semicondutores, seis em cada dez ainda têm dificuldade na aquisição do insumo.

A falta de componentes eletrônicos segue gerando atrasos de produção e entregas em 33% das empresas. Os impactos, no entanto, são bem menos graves se comparados ao quadro de um ano antes, com apenas 4% dos fabricantes relatando agora paradas de parte da produção. A expectativa da maioria das empresas do setor (67%) é de normalização no fornecimento de componentes eletrônicos até o fim do ano.

Os estoques de componentes já estão em nível considerado normal em 67% das fábricas, e uma a cada quatro das empresas aponta até mesmo estoque de componentes e matérias-primas acima do normal. As reclamações por atrasos no recebimento de cargas importadas, feitas por 36% das empresas, seguem entre os menores porcentuais desde que a questão entrou na sondagem, em abril de 2021.

Por outro lado, após o alívio na inflação dos insumos no segundo semestre do ano passado, subiu de 40%, em dezembro, para 47%, em janeiro, a parcela dos associados da Abinee que relatam pressões acima do normal nos custos de componentes e matérias-primas. (Estadão Conteúdo e Redação)