O chefe do movimento Hezbollah, Hassan Nasrallah, reconheceu ontem (19) que a explosão de dispositivos de comunicação de seus membros foi um “duro golpe”, pelo qual prometeu uma “punição justa” a Israel.

Nasrallah denunciou um massacre que pode ser considerado “uma declaração de guerra”, em seu primeiro discurso desde as explosões na terça (17) e na quarta-feira (18) de pagers e walkie-talkies em integrantes do Hezbollah no Líbano, que deixaram 37 mortos e quase 3 mil feridos.

O líder do movimento afirmou que Israel enfrentará “duras represálias e uma punição justa, tanto onde espera quanto onde não espera”. Durante seu pronunciamento televisionado, aviões israelenses sobrevoaram Beirute rompendo a barreira do som.

Israel lançou uma onda de ataques aéreos contra alvos do Hezbollah ontem (19). O governo israelense informou que fez cerca de 30 bombardeios contra plataformas de lançamento de foguetes e infraestruturas no Líbano.

As tensões na fronteira israelense-libanesa aumentaram, com trocas de tiros mais pesadas e operações israelenses mais agressivas. O governo de Israel está sob pressão para proteger suas cidades do norte e permitir que os moradores evacuados retornem para suas casas. Dezenas de milhares de moradores foram transferidos de ambos os lados da fronteira devido aos combates. (AFP e Estadão Conteúdo)

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