Balança comercial
México vai propor aos EUA plano para substituir importações chinesas
O México vai propor aos Estados Unidos e ao Canadá um plano para substituir as importações chinesas no âmbito do tratado comercial da América do Norte (T-mec), informou o governo mexicano.
A iniciativa, na qual o México trabalha há três anos, surge em um contexto de incerteza pelas guerras comerciais que a chegada de Donald Trump à Casa Branca poderia causar, com suas ameaças de aumentar as tarifas alfandegárias às importações chinesas e vindas de seu parceiro do sul.
Também aparece em um momento em que o Canadá manifestou “preocupação” com os investimentos chineses no país latino-americano.
Ao anunciar o plano, o secretário da Fazenda, Rogelio Ramírez de la O, disse que só no caso do México o déficit comercial com a China chega a US$ 80 bilhões (R$ 465 bilhões).
O projeto estima os “benefícios” de Canadá, Estados Unidos e México começarem a produzir mais do que compram da China ou da Ásia no geral, assinalou Ramírez de la O na habitual coletiva de imprensa da presidente Claudia Sheinbaum. Essa proposta “está sobre a mesa” e é um dos projetos que o México vai levar em conta para a “integração norte-americana”, acrescentou.
Durante a campanha presidencial, Trump advertiu que poderia impor uma tarifa alfandegária de 60% às importações chinesas e de 25% às procedentes do México, principal parceiro comercial dos Estados Unidos.
No caso mexicano, o presidente eleito americano defende a medida como forma de pressionar as autoridades a frear a imigração ilegal e o tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Trump também assegurou que “a China está construindo enormes fábricas de automóveis” no México e “vão vendê-los nos Estados Unidos”. (AFP)