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Indústria

PIB brasileiro tem alta de 0,9% no terceiro trimestre

Avanço indica nível recorde dentro da série histórica iniciada em 1996

03 de Dezembro de 2024 às 21:52
Cruzeiro do Sul [email protected]
Setor industrial cresceu 3,5% no acumulado do ano e o setor de serviços, 3,8%
Setor industrial cresceu 3,5% no acumulado do ano e o setor de serviços, 3,8% (Crédito: DIVULGAÇÃO / CNI)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio ligeiramente acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,8%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 4,0% no terceiro trimestre de 2024. Ainda segundo o instituto, o PIB do terceiro trimestre de 2024 totalizou R$ 3 trilhões.

O avanço da atividade econômica brasileira no terceiro trimestre de 2024 indicou um nível recorde dentro da série histórica iniciada em 1996 pelo IBGE. Pelo lado da demanda, o desempenho é impulsionado pelo consumo das famílias, que também alcançou novo ápice no terceiro trimestre de 2024. O consumo do governo também operava no maior nível da série.

Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos do PIB) está 10,8% abaixo do pico alcançado no segundo trimestre de 2013. Sob a ótica da oferta, o PIB de serviços subiu a novo ápice no terceiro trimestre deste ano.

Já o PIB da indústria está 4,7% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013, prejudicado pela indústria de transformação, que opera em nível 14,7% aquém do pico alcançado no terceiro trimestre de 2008.

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui o resultado positivo do trimestre a fatores relacionados a emprego e renda. “A gente continua com vários efeitos positivos, como o mercado de trabalho, a inflação está acima da meta, mas não está em níveis altíssimos, e o governo continua com a política de transferência de renda”, enumera, lembrando que a taxa de desocupação atingiu patamares mínimos historicamente.

Rebeca Palis pondera que a desaceleração frente o crescimento apurado no segundo trimestre (1,4% para 0,9%) não é ainda impacto do aumento, em setembro, da taxa básica de juros, por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), passando de 10,5% para 10,75% ao ano. “Demora um tempo para ter um efeito maior sobre a atividade economia. O terceiro trimestre não tem tanto esse impacto, apesar de o juro estar em um patamar elevado”, diz.

No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 3,3% em relação a igual período de 2023. Nessa comparação, a agropecuária (-3,5%) caiu, enquanto a indústria (3,5%) e os serviços (3,8%) apresentaram expansão.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, chamou ontem (3) de “boa notícia” o número do PIB do terceiro trimestre. Ele deu a declaração em solenidade voltada à agroindústria no Palácio do Planalto. “O PIB, cuja previsão era menor, cresceu neste terceiro trimestre 0,9%, superando o mercado”, disse o vice-presidente.

Alckmin também afirmou que a meta é a agroindústria crescer 3% ao ano até 2026 e até 6% ao ano de 2027 a 2033. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)