Mercado de trabalho
Taxa de desemprego é a menor da série histórica
Desocupação baixou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro
A taxa de desocupação de 6,1% registrada no trimestre terminado em novembro de 2024 foi o menor resultado em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa foi de 6,2%. No trimestre terminado em novembro de 2023, a taxa estava em 7,5%.
O País registrou um recorde de 103,903 milhões de trabalhadores ocupados no trimestre terminado em novembro, segundo os dados da Pnad Contínua divulgados ontem (27).
Houve uma abertura de 1,386 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. Em um ano, o contingente de ocupados aumentou em 3,395 milhões de pessoas.
A população desocupada diminuiu em 510 mil pessoas em um trimestre, recuo de 7,0%, totalizando 6,770 milhões de desempregados no trimestre até novembro. A população desocupada somou o menor contingente desde o trimestre terminado em dezembro de 2014. Em um ano, 1,432 milhão de pessoas deixaram o desemprego no País, queda de 17,5% no número de pessoas nessa situação.
O nível da ocupação — porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — passou de 58,1% no trimestre encerrado em agosto para 58,8% no trimestre até novembro, patamar recorde na série histórica. No trimestre terminado em novembro de 2023, o nível da ocupação era de 57,4%.
“Pelo movimento que temos em 2024, é bem consistente e mostra justamente a capacidade do mercado de trabalho brasileiro que, mesmo com toda a sua diversidade, tem um contingente de trabalhadores informais muito grande, mas a despeito disso, vem aumentando o número de empregados com carteira assinada”, diz a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
Caged: País cria 106 mil vagas em novembro
Após a criação de 132.138 vagas em outubro (dado revisado), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 106.625 carteiras assinadas em novembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem (27) pelo Ministério do Trabalho.
O resultado do décimo primeiro mês de 2024 decorreu de 1.978.371 admissões e 1.871.746 demissões. O saldo é o pior resultado para este mês considerando a série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020 (sem ajustes). Em novembro de 2023, houve abertura de 121.366 vagas com carteira assinada, na série ajustada.
O Caged de novembro foi puxado pelo desempenho do setor de comércio, com a criação de 94.572 postos formais, seguido pelo serviços, que abriu 67.717 vagas. A indústria fechou 6.678 vagas em novembro. Houve ainda fechamento de vagas no setor de construção, em 30.091 vagas, e na agropecuária, em 18.887 postos.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.152,89 em novembro. (Estadão Conteúdo)