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Internacional

EUA prometem ajuda na reconstrução de Gaza

26 de Maio de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Jala Tower sediava agência de notícias e rede de TV.
Jala Tower sediava agência de notícias e rede de TV. (Crédito: MOHAMMED ABED / AFP (15/5/2021))

Imediatamente após pisar em Tel-Aviv, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu ontem com líderes israelenses e palestinos para tentar recuperar um matiz mais neutro da Casa Branca, perdido na presidência de Donald Trump, tido como um aliado incondicional do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu. Em aceno aos palestinos, ele prometeu US$ 75 milhões para reconstruir Gaza e reabrir o consulado americano em Jerusalém.

No primeiro encontro do dia, com Netanyahu, Blinken reforçou o compromisso dos EUA com a segurança de Israel. Mas foi em Ramallah, em reunião com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que ele parecia disposto a concessões. “Como disse a Netanyahu e ao presidente Abbas, os EUA seguirão em frente com o processo de reabertura de nosso consulado em Jerusalém. Essa é uma forma importante de nosso país se envolver e fornecer apoio ao povo palestino”, disse.

Blinken também prometeu reabrir o escritório da Organização para Libertação da Palestina (OLP) em Washington. Todos os compromissos assumidos ontem pelo chefe da diplomacia americana, no entanto, têm um caminho difícil pela frente até se concretizarem de fato.

Em 2019, Trump fundiu o consulado de Jerusalém com a embaixada, que havia sido transferida de Tel-Aviv para a cidade, no ano anterior. Grande parte do corpo diplomático, porém, continuou trabalhando no velho prédio da rua Agron, em Jerusalém Ocidental. Muitos dos diplomatas foram contra a fusão e as autoridades palestinas, mais tarde, cortaram relações com os americanos. (Da Redação com Estadão Conteúdo)