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Ucrânia

TPI vai investigar crimes de guerra

03 de Março de 2022 às 00:01
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Oleg Rubak, de 32 anos, diante da ruínas de sua casa.
Oleg Rubak, de 32 anos, diante da ruínas de sua casa. (Crédito: EMMANUEL DUPARCQ / AFP)

O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou ontem (2) a abertura de uma investigação sobre supostos crimes de guerra cometidos pelas tropas russas na Ucrânia. “Acabo de notificar a Presidência do TPI sobre a minha decisão”, escreveu o procurador, Karim Khan. “Nosso trabalho de compilar provas já começou”, acrescentou.

Seu gabinete recebeu o apoio de 39 países, que incluem todos os integrantes da União Europeia, Reino Unido, Albânia, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Suíça e vários países latino-americanos, como Colômbia e Costa Rica.

Paralelamente, o governo russo afirmou ontem estar disposto a negociar um cessar-fogo com a Ucrânia, embora tenha intensificado os bombardeios no país vizinho. O governo ucraniano, por sua vez, indicou que não aceitará nenhum tipo de “ultimato” nessas negociações, que acontecerão em Belarus.

Centenas de civis ucranianos morreram e centenas de milhares fugiram de seus lares desde a invasão do país em 24 de fevereiro. A Rússia reivindicou ontem (2) a captura da cidade portuária de Kherson (sul) e concentrou sua artilharia nos arredores de Kiev, provocando temores de um ataque iminente à capital ucraniana.

Mais sanções

A União Europeia (UE) adotou ontem novas sanções econômicas contra Belarus, em razão do papel facilitador desse país na invasão iniciada pela Rússia contra a Ucrânia. O Conselho da UE informou que adotou restrições “ao comércio de bens usados na produção ou fabricação de produtos de tabaco, combustíveis minerais e substâncias betuminosas”, entre vários outros produtos.

Também ontem os Estados Unidos anunciaram novas sanções comerciais, que desta vez afetam a indústria da Defesa da Rússia e as importações tecnológicas de seu aliado, Belarus.

À essas sanções somam-se medidas das gigantes da fabricação de aviões Boeing e Airbus, que suspenderam serviços de reposição, manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas.

De cada mil aeronaves em serviço na Rússia, cerca de 370 são Boeing e 340 Airbus. Trata-se, portanto, de um grande golpe para suas companhias aéreas, cuja segurança estará comprometida no futuro. (Da Redação, com informações da AFP)