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MP do Equador pede prisão domiciliar de Lenín Moreno

04 de Março de 2023 às 23:01
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Lenín Moreno, que presidiu o Equador entre 2017-2021, nega as acusações
Lenín Moreno, que presidiu o Equador entre 2017-2021, nega as acusações (Crédito: EVA MARIE UZCATEGUI / AFP)

O Ministério Público do Equador solicitou a prisão domiciliar do ex-presidente Lenín Moreno, o qual acusa, junto a outras 36 pessoas, de corrupção por supostamente receber propina de uma empresa chinesa em troca de um contrato para construir a maior hidrelétrica do país. A procuradora-geral da República, Diana Salazar, pediu “a prisão preventiva de todos os investigados; contudo, como 14 deles têm mais de 65 anos (...) pede-se a prisão domiciliar”, como no caso de Moreno, disse a entidade no Twitter. O ex-presidente tem 69 anos e usa cadeira de rodas após ser baleado durante um assalto em 1998.

As 37 pessoas investigadas, entre elas familiares de Moreno, “teriam recebido cerca de US$ 76 milhões (R$ 395 milhões na cotação atual) em propina”, que, segundo o MP, é “o montante mais alto judicializado por atos de corrupção no Equador”.

A suposta rede de corrupção operou de 2009 a 2018 em torno da construção do projeto hidrelétrico Coca-Codo Sinclair, cujos custos alcançaram US$ 2,35 bilhões (mais de R$ 12 bilhões) e ficou a cargo da empresa chinesa Sinohydro.

Durante o governo socialista de Rafael Correa (2007-2017), condenado a oito anos de prisão por corrupção, Moreno foi vice-presidente durante os primeiros seis anos, e depois foi eleito presidente para o período 2017-2021.

Desde 2021, Moreno, que nega as acusações, ocupa o cargo de comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) para Assuntos de Deficiência, no Paraguai. (AFP)