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Internacional

Malawi corre contra o tempo para resgatar sobreviventes do ciclone Freddy

O Papa Francisco rezou nesta quarta-feira (15) pelas vítimas do ciclone

15 de Março de 2023 às 10:44
Cruzeiro do Sul [email protected]
 People wander in the water flooded affected Chimwankhunda location in Blantyre on March 14, 2023 following heavy rains caused by cyclone Freddy. - The death toll from Cyclone Freddy in Malawi and Mozambique passed 200 on March 14, 2023 after the record-breaking storm triggered floods and landslips in its second strike on Africa in less than three weeks.
Rescue workers warned that more victims were likely as they scoured destroyed neighbourhoods for survivors even as hopes dwindled.
The fierce storm delivered its second punch to southeastern Africa starting at the weekend, its second landfall since late February after brewing off Australia and traversing the Indian Ocean.
Malawi's government said at least 190 people were killed with 584 injured and 37 missing, while authorities in neighbouring Mozambique reported 20 deaths and 24 injured. (Photo by Amos Gumulira / AFP)
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As operações de resgate e busca por sobreviventes continuam no Malawi nesta quarta-feira (15), enquanto a normalidade volta lentamente às áreas duramente atingidas pelo ciclone Freddy, que deixou quase 200 mortos no sul do País (Crédito: Amos Gumulira / AFP)

As operações de resgate e busca por sobreviventes continuam no Malawi nesta quarta-feira (15), enquanto a normalidade volta lentamente às áreas duramente atingidas pelo ciclone Freddy, que deixou quase 200 mortos no sul do País. Em uma rara reviravolta, Freddy deixou o sul da África no final de fevereiro, com 17 mortos, e voltou no início de março, deixando mais 190 mortos no Malawi e 21 em Moçambique, segundo as autoridades.

O Papa Francisco rezou nesta quarta-feira pelas (15) vítimas do ciclone, em sua audiência semanal na praça de São Pedro. "Rezo pelos mortos, feridos e deslocados. Que o Senhor apoie as famílias e as comunidades mais afetadas por esta calamidade", disse.

Mercados e lojas reabriram nesta quarta-feira na aldeia de Chilobwe, perto da cidade de Blantyre, onde casas de tijolo e barro foram varridas por fortes deslizamentos de terra. Daud Chitumba, um motorista de ônibus de 27 anos, disse que precisa alimentar sua família. "Tenho duas filhas pequenas e obrigações. Temos que reconstruir nossas vidas", afirmou.

Enquanto isso, as operações de busca por corpos e tentativas de resgate de pessoas presas sob a lama continuam. "As inundações são o maior problema", disse Felix Washoni, porta-voz da Cruz Vermelha do Malawi, à AFP. "A destruição é enorme, é um desafio chegar às pessoas presas com as pontes destruídas e o nível alto das águas", acrescentou. Segundo ele, equipes de resgate resgataram pessoas de árvores e telhados.

Nos últimos dias, as chuvas torrenciais provocaram inundações e deslizamentos de terra mortais, embora as chuvas tenham parado na manhã desta quarta-feira. Na segunda-feira, na comunidade de Chilobwe, famílias e equipes de resgate cavaram na lama, às vezes com as mãos, em busca de um familiar ou pelo menos de seus corpos.

"Há mortos por todo o lado (...), todo mundo perdeu alguém", lamentou Fadila Njolomole, de 19 anos. (AFP)